Todo fim de ano é assim: árvores enfeitadas, Papai Noel, luzes piscantes, tudo parece estar mais bonito e brilhante. Mas, de onde veio o Natal? E por que muitos se sentem infelizes nesta data?
De acordo com maior parte dos historiadores, a festa originalmente era destinada a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno. A festividade foi ressignificada pela Igreja Católica no século III para estimular a conversão dos povos pagãos sob o domínio do Império Romano e então passou a comemorar o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Hoje, o Natal é uma festa que comemora o nascimento de Cristo, embora a Bíblia apresente fatos de que o Filho de Deus veio ao mundo no mês de Nisã do calendário hebraico (entre Março/Abril do calendário gregoriano), onde faz calor no hemisfério norte, o que explica o trecho do Evangelho de Lucas 2.8-15.
A árvore de Natal é considerada por alguns como uma “cristianização” das tradições e rituais pagãos em torno do Solstício de Inverno, que incluía o uso de ramos verdes, além de ser uma adaptação de adoração pagã das árvores.
Uma série de figuras de origem cristã e mística têm sido associadas ao Natal e às doações sazonais de presentes. Entre estas estão o Papai Noel.
A origem do nome em inglês Santa Claus pode ser rastreada até o Sinterklaas holandês, que significa simplesmente São Nicolau. Ele tradicionalmente aparecia em trajes de bispo, acompanhado por ajudantes, indagando as crianças sobre o seu comportamento durante o ano passado antes de decidir se elas mereciam um presente ou não.
Mas, por que mesmo com toda esta “magia natalina”, muitos sentem-se angustiados? Por que mesmo com as luzes, os presentes e tudo o que é de direito, há quem não se alegre com esta data?
A frase que direi soará clichê, mas a utilizarei mesmo assim: Jesus precisa nascer em seu coração.
Com certeza o leitor já ouviu diversas vezes, mas não se atentou para a preciosidade que existe nela.
Certa vez, Nicodemos, um dos fariseus mais renomados de sua época, encontrou-se secretamente com Jesus:
“Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” (João 3:2,3)
O que é nascer de novo? É quando “morremos” para o mundo, para tudo aquilo que não agrada a Deus, e “nascemos” para Ele. Apenas desta forma Jesus pode viver em nós.
Um outro exemplo é dado pelo próprio Senhor Jesus quando fala do vinho e dos odres:
“E ninguém deita vinho novo em odres velhos; de outra sorte o vinho novo romperá os odres, e entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão;
Mas o vinho novo deve deitar-se em odres novos, e ambos juntamente se conservarão.” (Lucas 5:37,38)
O odre desta parábola somos nós; se nós nascemos de novo, estamos “novos”, então o “vinho novo” (Senhor Jesus) poderá habitar em nós, “nascer” em nós.
Quem nasceu de novo é um ser completo; não precisa de luzes, presentes, “magia natalina”, nada disso para ser feliz. É por isso que, nesta época do ano, há tantos que se sentem sozinhos, mesmo cercados de pessoas. Há um vazio que necessita ser preenchido pelo “vinho novo”.
Quando os pastores foram avisados do nascimento de Jesus, os anjos cantaram:
“E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo:
Glória a Deus nas alturas!” (Lucas 2:13,14)
Esta mesma festa ocorre nos céus a cada vez que Jesus “nasce” no interior de alguém.
Se o seu fim de ano, caro leitor, não foi da forma como imaginava, talvez a resposta esteja neste humilde artigo que lhe escrevo. Neste momento, faça uma oração sincera e entregue este “odre velho” ao Senhor. A festa mais importante da terra não é o Natal, mas aquela que acontece nos céus:
Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania Vol. III N.º 37
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