A folha e Siegfried

A folha e Siegfried

O mitológico herói nórdico Sigurd, conhecido como Siegfried, após matar a besta Fafnir, cuja existência nada mais era que a condenação pela ganância que o levou a cometer parricídio e apoderar-se do ouro de seu pai, o rei anão Hreidmar.

Após destruir a criatura, Siegfried banhou-se em seu sangue tornando-se imortal, entretanto, uma pequena folha cobria seu ombro, evitando que o sangue do dragão Fafnir tocasse aquela parte de seu corpo. Da mesma forma que Aquiles teve não teve seu calcanhar banhado pelas águas do Rio Peleu, tornando seu ponto fraco, o herói nórdico ficou desprotegido na região coberta pela folha.

Após casar-se com a princesa Crimilda, uma vez que fora enfeitiçado, cumpre a sobre-humana missão de resgatar a valquíria Brunilda de um círculo de fogo, para que a mesma se casasse com o irmão de sua esposa, Guntário. Na ocasião, Siegfried assumira a forma de Guntário para que a valquíria acreditasse ser ele o homem digno de a desposar.

Em data posterior, quando Brunilda e Crimilda discutem a respeito de um anel de valor inestimável, a esposa do herói afirma que seu marido era o homem mais poderoso e a farsa promovida para permitir o matrimônio da valquíria é, por ele, descoberta.

Siegfried, liberta-se do feitiço da mãe de sua esposa e relembra seu amor por Brunilda, mas esta não aceita ter sido enganada e pede que seu cunhado mate o herói.

Sabendo do ponto fraco, o irmão de Guntário e Crimilda, aproveita-se do momento que que Siegfried pescava para atingi-lo mortalmente com uma lança no ponto que fora coberto pela pequena folha quando o herói se banhara no sangue de Fafnir.

Não atentar para a fragilidade é um erro que pode ser cometido por qualquer um, especialmente quando o indivíduo considera-se inatingível, haja vista que será acometido pela soberba, como acontecera com tantos outros.

Assim como Aquiles, Siegfried tinha um ponto fraco e, uma vez exposto, foi sua ruína. Tal qual todos os homens, não há como ignorar nossa pequenez perante o universo, sendo certo que, sem a vontade de Deus, qualquer herói tombará e qualquer mal será derrotado.

Siegfried expõe a natureza frágil daquele que se vê surpreendido e, principalmente, que ignora seu ponto fraco. Em sua lição, o mito nos remete ao dilema de vigiar aquilo que nos é caro, como a liberdade e a fé, não podendo-o ser humano se descuidar por um piscar de olhos, tendo em vista que, o inimigo da liberdade sempre estará a espreita e a crença em uma existência maior é igualmente escravizadora e libertadora, tornando o homem servo de um só senhor, não restará espaço para servir os tiranos.

Ainda que o homem se julgue protegido ou intocável, estará limitado à natureza de seu ser, não viverá e não dobrará o universo à sua vontade. Do maior dos heróis ao pior dos tiranos, sempre haverá a folha para lembrar que há limites, seja ela qual for.

A tirania dar-se pela força, ainda que busquem o convencimento, em um determinado momento a fraqueza de um déspota será exposta, sendo necessário recorrer ao poder coercitivo, calando e ameaçando quem ouse falar a verdade, como no recente episódio em que afirmam ser descontextualizadas as frases de uma autoridade que, ao ser perguntado sobre as próximas eleições e a possível derrota da esquerda nas urnas, sendo a indagação formulada por uma política que integra um partido que hasteia a bandeira do socialismo, na qual fala-se em medo da reeleição do atual Presidente da República, o magistrado da mais alta corte responde:

Nós somos muito poderosos, nós somos a democracia. Nós é que somos os poderes do bem e ajudamos a empurrar a história na direção certa. O mal existe, é preciso enfrentá-lo, mas o mal não pode mais do que o bem. Porque, se pudesse, nada valeria a pena. Eu acredito nos valores que nos unem e que eles vão prevalecer”.

Infelizmente o que deveria ser a mais alta casa da Justiça do país, como de costume, confunde sua missão com a de deuses olimpianos e, embargada pelo néctar da ambrosia progressista, deixou de aproveitar a oportunidade de calar-se ou mesmo censurar as infelizes declarações de seu membro, preferindo fazer ameaças àqueles que a divulgam como se estivessem propagando desinformação. Basta assistir o vídeo e a poder-se-á ver a parte que a folha cobriu, a total desmoralização de uma corte que governa apenas pela força.

A mitologia em torno da morte do quase imortal Siegfried nos ensina a admitir nossa frágil existência e observar que toda a prudência pode ser pouco, contudo, também nos ilumina com a esperança de vencer até mesmo aquilo que se apresenta como indestrutível, uma vez que, aquele que se considera inatingível é, em algum ponto, vulnerável como todos.

Sobre o autor

Leandro Costa

Ideias conservadoras estão mudando o Brasil Todas as faces da esquerda, do socialismo mais radical à social democracia levaram nosso país para as trevas, destruíram a moral dos cidadãos e acabaram com os valores. Os conservadores estão tentando, desesperadamente, tirar o Brasil deste caos. Precisamos unir nossas forças enquanto é tempo de salvar nossa nação. Meu nome é Leandro Costa criei este site para divulgar ideias, trabalhos e contar com você para me ajudar a mudar o Rio de Janeiro e talvez o Brasil. Pretendo usar meus conhecimentos para, de fato, ajudar na construção de um mundo melhor. Convido você a fazer parte do meu time de apoiadores, amigos, entusiastas e todos que acreditam em minhas ideias. Defendo o conservadorismo e conto com sua ajuda para tirar o nosso povo da lama que a esquerda nos colocou.

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BIOGRAFIA

Leandro Costa

Servidor público, advogado impedido, professor de Direito, Diretor Acadêmico do projeto Direito nas Escolas e editor-chefe da Revista Conhecimento & Cidadania.

Defensor de uma sociedade rica em valores, acredito que o Brasil despertou e luta para sair da lama vermelha que tentou nos engolir. Sob às bênçãos de Deus defenderemos nossa pátria, família e liberdade, tendo como arma a verdade.

É preciso fazer a nossa parte como cidadãos, lutar incessantemente por nosso povo e deixar um legado para as futuras gerações. A política deve ser um meio do cidadão conduzir a nação, jamais uma forma de submissão a tiranos.

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