Uma análise teratológica comportamental do ser humano da gênesis ao convívio social entre seus pares, e a prospecção de uma sociedade vindoura.
Por Ruben Rodriguez
Através dos tempos, os seres humanos são dotados, instintivamente, de se organizarem em sociedade.
A gênesis da sociedade, desde os primórdios até os tempos atuais e sendo ousado, para sempre, é o núcleo familiar. Durante milênios temos a sanha de nos conectarmos com os indivíduos a nossa volta, interagindo com o próximo no intuito de se organizar de forma que todos os entes desta sociedade possam se beneficiar com esta proximidade para fins de segurança, tática de bom proveito da cata de bens essenciais, cultivo e colheita e pastoreio, tratativas entres outros que não pertençam ao mesmo convívio nuclear e outros benefícios de ser parte de um todo, mesmo esse indivíduo tendo características individuais intrínsecas ao ser humano como parte de um todo, contudo, sem perder a essência de individuo, ser individual, provido de ideias por vezes conflitantes entre seus pares. Todavia, outorga-se ao coletivo a possibilidade de ceder a impulsos do seu ide em prol de si mesmo, suas gerações vindouras, bem como a proteção da própria sociedade o qual está sedimentada. Tal fenômeno sociológico se dá, em prima face, na família.
Com o intuito expansionista inerente da raça humana, os homens que outrora viviam em cavernas tendo como sua célula mater os seres viventes a sua volta, a família, este se sentiu compelido a buscar em seu habitat pessoas que se filiavam dos mesmos anseios, todavia não pertenciam a sua usual convivência, ou seja; seu parceiro reprodutivo, sua prole e agregados, o que chamamos hoje, convencionalmente de vizinho. Com esse manifesto, o ser humano, já conhecedor dos benefícios de se viver em sociedade, aglutinando cada vez mais ao seu redor pessoas que possuem os mesmos ideais, foram formando tribos, que se tornaram mais complexas e abarcando cada vez mais entes que, independentemente de seu modus operandi individual, outorgam parte de sua independência, natural de sua essência individual, para normas de conduta entre seus pares, abdicando assim de algumas prerrogativas de seu ímpeto selvagem para melhor se adaptar ao um convívio “harmônico” no seu conjunto social mais alargado, formando assim a ideia de direitos e deveres individuais em prol do coletivo. Já não podia este, olhando para feitos de seus antepassados longínquos, obter para si ou para outrem coisa alheia forçosamente, formando uma ideia de propriedade e de respeito ao bem alheio.
Séculos se passaram, e nota-se que pelo individuo ser uno e que este podia permanecer em sua comunidade, desde que contribuísse para esta. Como antropologicamente é sabido que cada indivíduo se destaca em alguma tarefa, fora atribuída, quase que organicamente, que os mais idosos, por terem mais experiência de vida, assumissem papel de destaque na sociedade, pois como diz o velho ditado: O diabo é mais sábio por ser velho, do que por ser o próprio diabo.
Com o advento desta submissão, formam-se, quase que por necessidade física, a ideia de hierarquia, onde, o homem (latu sensu) mais forte, mais audaz e destemido não tinha o papel predominante no comando das normas aceitas pela sociedade, tendo como cimento de união entre seus entes a cultura, a forma geral de pensar, e depois, como não, até a religião que professavam, não cabendo mais ao indivíduo por si só sua vontade intrínseca e sim uma pessoa, ou grupo restrito, que tinha a aptidão de relativizar contendas entre partes, bem como normatizar direito e deveres de um indivíduo, que outrora era livre, passando este a adotar regras gerais que beneficiavam não só a ele como seu núcleo social primata, a família, bem como a prosperidade de todos que o cercava, imbuídos de um bem uníssono, isto é, para o bem da sociedade.
Surgem então, os líderes.
Aí surgem os problemas sociológicos (ou você pensa que a vida é um morango).
Dos Líderes
Como já dito exaustivamente que os indivíduos, são indivíduos, mas agem em sociedade, cada qual tem sua especificidade interior, aptidões, fobias, e sonhos de evolução, há de se encarar através de teorias, como a Darwiniana, que cada qual tem o condão de exercer uma tarefa, ou multitarefas na sociedade, estando totalmente desfiliado que o homem está predestinado desde o seu nascimento a ser o que é, não obstante a vocação inerente ao ser humano, este pode, e deve, se empenhar a conhecer e desbravar novas fronteiras do conhecimento, porém, alguns possuem umas aptidões natas. Muitos possuem o condão de interferir nas ações, inações e pensamentos de outrem. Os chamados lideres natos.
Com o condão da persuasão adquirido por estudos, experiências ou carisma enigmático, estes são capazes de persuadir a sociedade de que, as opções de resolução de problemas ou conflitos de seus pares são as melhores, mesmos com o sacrifício da própria vida do ouvinte.
Quem nunca escutou a celebre frase de John Kennedy: “Não pergunte o que seus pais pode fazer por você, pergunte o que você pode fazer por seus pais”. Ou Martin Luther King dizendo: “I have a dream …”.
Tais lideres podem levar milhões de pessoas a fazerem o seu intento simplesmente com o dom da retórica. Até morrerem por uma causa.
Há uma teoria que, como diz o âncora de uma rádio, “o afegão médio”, tende a querer viver sua vida e seu destino comandadas por um líder, se apequenam em seus nichos, se acostumam com o status quo como se fossem aquela rã que, colocada em uma panela com água aquecendo, se acostumam em ceder os seus direitos de pleitear melhorias e, com o passar do tempo, se adaptam com a elevação da temperatura, e padecem em inercia.
A liberdade é água aquecendo. O incauto cidadão, para não perder sua pseudo-segurança em troca de sua liberdade acabará abrindo mão da liberdade e segurança (plágio flagrante de Benjamin Franklin).
Existem atualmente várias formas de ser controlar uma sociedade, através da força, (religiosa ou coercitiva), ou democrática, (Basicamente estas).
Engana-se que um povo constantemente luta para ter voz e requerer seus direitos fundamentais. Existem povos que, como na lenda do sapo, se acomodam com tal comando e até pensam que é a melhor forma de sociedade, entretanto, a pedra fundamental dos regimes totalitários e a não propagação do conhecimento universal.
Um povo aculturado é um povo mais facilmente dominado. Quanto mais acesso diversificado, com uma educação basilar voltada para a diversidade de ideias, mais difícil fica para o líder se manter no poder. Um povo ignorante é um povo servil.
Cogito ergo sum – Descartes – 1596.
As ditaduras do proletariado
Com esse breve e humilde introito podemos adentrar no cerne do métier: As ditaduras.
Como uma forma de poder e liderança milenar, a ditadura é aceita que várias partes do globo, entretanto, os países, principalmente ocidentais, rechaçam este tipo de governo, pois tendem ser sedimentados na democracia, de origem Greco-romana.
Este regime de governo, em tese, e a propositura de que, um cidadão, ciente de sua representatividade nas decisões que impactarão sua vida, através de propositura de leis, ou execução das mesmas, escolhem pelo sufrágio universal seus representantes, e estes, pelo menos na teoria, executa a vontade do povo que o colocou em tal destaque.
É de consenso geral que a democracia não é a mais perfeita forma de se conduzir uma nação, porém, talvez o leitor concorde com essa celebre frase: “A democracia é o pior dos governos, à exceção de todas as demais formas que tem sido experimentadas ao longo da História – Winston Churchill -1947.
Tratando-se especificamente da outra forma mais popular de governo, a ditadura, esta impõe que a quase totalidade da população fique subjugada aos mandos e desmandos de uma pequena casta de poderosos, podendo estes comandarem as riquezas da nação, sua soberania e sobretudo, sua vontade individual de se expressar na qualidade de cidadão, e, não raro, a pena para quem não se submeter a autoridade governamental é de prisão, quase sempre em demasia, tortura e por derradeiro, a morte de seus compatriotas.
Quando pensamos genericamente em ditadura, o imaginário coletivo, ainda mais em terras tupiniquins, é, quase sempre em uma ditadura militar, pois colocou-se no imaginário coletivo que o regime militar imposto em 1964, entretanto, os mais estudiosos, ou os que viveram na época, sabem que vivíamos em uma guerra fria, onde haviam focos de regimes comunistas, ate e principalmente dentro do Estado, fazendo assim as forças armadas da época sufocassem tal intento e restaurassem a “normalidade”. Mais esse tema é de veras complexo, e deverá ser abordado mais profundamente a posteriori.
Como visto em epígrafe, no ideário nacional existe a ideia de que “só existe a polêmica ditadura militar”, entretanto, enquanto os homens de farda estavam no poder, olvidaram-se (não sabemos se de propósito) que as ideias advindas do uma outra forma de ditadura, oriunda de um país eurásico chamado União Soviética, estava sendo inoculada nas escolas e universidades Brasil afora, romantizando outro tipo de ditadura: A ditadura do proletariado.
Bebendo das literaturas de Karl Marx, Vladimir Lenin, Gramsci dentre outros, passou-se a ideia romantizada de uma sociedade igualitária, nivelada, sem pobres nem ricos, praticamente um Jardim do Éden naquele país da foice e martelo.
Com essa ideia utópica, esta ideologia conquistou os corações e mentes dos inexperientes estudantes, sedentos por uma sociedade igualitária e com oportunidade para todos.
Sem nos alongarmos na falácia comunista, (tão utópica que nunca existiu), atenha-se a perguntar ao seu professor fardado com a camisa de Che Guevara ou da foice e martelo, se quando o pseudo-comunismo derreteu nos países que lá se instalaram, a população que estava “encarcerada” sob o julgo destes ditadores, quando da queda, para que direção a população correu? Para os países “malvadões” do “capitalismo selvagem” ou o contrário? Sem mais delongas.
Os sommeliers de ditadura
Como dito no capítulo anterior, houve um erro crasso dos libertadores do nosso país ao intento de fazer perecer a ideologia nefasta do comunismo no Brasil. Relegaram a educação a máquina estatal das narrativas Gramscinianas dos órfãos da pátria vermelha.
Incutiram na mente e na alma dos nossos jovens que a utopia marxista era a ideal, afastando para o corner as individualidades e as aptidões inerentes ao ser humano como ser individual. Era a inseminação de que o coletivo valia mais do que o indivíduo, que as oportunidades deveriam ser iguais para todos, sem mérito individual, que a “pátria mãe” cuidaria de todos. Só esqueceram de dizer quem trabalharia para sustentar a máquina estatal e ser recompensado pelo mérito (algo inexorável ao ser humano).
Por derradeiro, muito se fala em abominação do outrora regime Nazista, de Adolph Hitler na Alemanha, ou o Fascismo, de Benito Mussolini, na Itália. Concordo peremptoriamente que foram regimes nefastos e que nunca devem ser esquecidos para que jamais aconteça essa tragédia humana.
Mas, se formos comparar a tragédia humanitária promovida por estes em comparação a ação genocida e cruel instaurada a partir da queda do Czar Romanov na URSS e ascensão do comunismo na antiga URSS, as chacinas promovidas por Mao Tse Tung na China após a “revolução cultural” promovida pelo pais asiático, a proporção de mortes se juntarmos os nazistas e os fascistas em vista do genocídio promovido pela instalação do comunismo nestes países e de 10/100!
Sem delongas, procurem no Google a palavra HOLODOMOR e GULAG e tirem suas próprias conclusões.
Agora no Brasil temos intelectualóides bostejando “Estado democrático de direito e garantias fundamentais”, louvando manifestação pedindo a ditadura do proletariado!
Pergunto-lhes: Se é tão abominável (e o é) o ressurgimento do fascismo e nazismo no Brasil, pois são atos atentatórios ao estado democrático de direito, porque é aceitável partidos políticos como o PC do B, PCB, PT e seus tentáculos serem toleráveis e respeitáveis se estes pregam um regime totalitário, exclusivo, genocida e atroz.
Ademais, o que estes partidos fazem aqui se pregam uma ditadura em um país que se diz democrático, se os próprios partidos pregam a ditadura e o fim da democracia?