Durante séculos, o nascimento de um filho homem representava força, trabalho, disposição; era o símbolo de que aquele lar não ficaria desamparado. Já o nascimento das meninas representava que uma criatura meiga e delicada havia chegado; uma pessoa que iria cuidar do lar, amar, tratar de tudo com carinho.
Os contos de fada sempre demonstraram os meninos como heróis, guerreiros, valentes, dispostos a dar a vida por quem amam; e as meninas, como princesas.
Contudo, graças ao feminismo, os papéis característicos de homens e mulheres tornaram-se confusos: loucas como Betty Friedan passaram a chamar de “parasitas” aquelas que sentiam prazer em cuidar do lar, e os homens começaram a se perguntar o que fazer. Lunáticas como Shulamit Firestone propagavam liberdade sexual para mulheres e crianças; desvairadas como Simone de Beauvoir passaram a propagar as ideias de gênero (“Não se nasce mulher, torna-se mulher”), além de aliciarem menores para relacionamentos pederastas e defenderem pedófilos publicamente. O feminismo não trouxe nada de benéfico para a sociedade, pelo contrário.
E essa insanidade não atinge apenas os adultos; infelizmente, esta loucura está chegando nas crianças. Recentemente, um grupo de pessoas autointituladas “leitores sensíveis” resolveram prestar serviço para a Editora Puffin (divisão infantil da Penguin Random House) para “proteger jovens leitores de conteúdo ofensivo”. As edições incluem descrições das aparências físicas dos personagens, por exemplo, removendo a palavra “gordura”, tornando alguns caracteres neutros em termos de gênero e referências às cores “preto” e “branco” também foram removidos. A editora sustenta que “o espírito dos livros icônicos permanece inalterado.”
Dois dos clássicos que sofreram alterações foram “A fantástica fábrica de chocolates” e “Matilda”
A decisão de editar os clássicos de Dahl provocou uma onda de indignação no Reino Unido. O jornal Daily Mail fez uma pesquisa a respeito e 98% dos leitores exigem que os trabalhos do autor sejam mantidos em sua forma original.
Os pais disseram que boicotarão os romances atualizados, pois as mudanças foram marcadas como “absolutamente insanas”:
“Se você é tão facilmente ofendido, então fique em casa envolto em plástico bolha”.
E parece que o Reino Unido mergulhou de cabeça na cultura Woke: A Bright Horizons, gestora de creches e pré-escolas do Reino Unido, enviou um manual de “boas práticas” aos pais das crianças matriculadas. Segundo a cartilha, as famílias não podem chamar as filhas de “bonitas” e “princesas”.
Além disso, a cartilha progressista recomenda que não se compre brinquedos e livros de acordo com o sexo, ou seja, que não se deve dar “brinquedos de meninas”. Mais uma vez, a confusão de papéis se torna mais evidente, e que agora tem como objetivo confundir os pequenos.
A responsável da Bright Horizons, Laura Linn Knight, relatou:
“Não vamos prender as meninas em um papel específico apenas por causa de seu sexo”
Meninos e meninas possuem interesses distintos; lembram do início do artigo? Meninos: heróis; meninas: princesas. Mas o feminismo apregoa que isso são “estereótipos sociais” que devem ser rechaçados, o que não é verdade.
É possível que o leitor, diante deste artigo, se recorde do caso dos gêmeos Reimer – Bruce e Brian. Quando ambos tinham sete meses de vida foi constatada uma fimose e indicaram a circuncisão. Infelizmente, Bruce sofreu um acidente durante a cirurgia e seu órgão foi queimado e inutilizado.
Através da televisão conheceram o Dr. John Money, onde falava das “maravilhas” que aconteciam através das mudanças de sexo que realizava na época. E mais do que isso: Money acreditava no mesmo que o feminismo propaga hoje em dia, que o gênero é uma “construção social” e que não haveria relação alguma com a biologia.
Contudo, um outro médico, Dr. Milton Diamond, ao realizar um experimento com hormônios na gestação de porquinhos-da-índia, descobriu que fêmeas submetidas a altas doses de testosterona dentro do útero desenvolviam comportamentos masculinos; e isso foi corroborado por outro médico, Dr Harry Benjamin, que ao estudar 47 de 87 pacientes, não encontrou nenhuma evidência de que a tal “construção social” tivesse alguma relação com os comportamentos masculinos ou femininos. E claro, com este comportamento, o Dr Money prejudicou a vida de toda a família Reimer: o irmão de Bruce, Brian, entrou em depressão, tornou-se alcoólatra e morreu após uma overdose; Brian suicidou-se com um tiro na cabeça.
Como dizia o saudoso filósofo Roger Scruton,
“Nós, conservadores, somos chatos, mas estamos certos”.
A tal cultura Woke está realizando este procedimento do Dr John Money em escala global, através da agenda de gênero propagada no entretenimento, nas escolas, enfim. E é nosso papel salvamos nossas princesas deste pensamento satânico.
Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania Vol. II N.º 28