Por Edson Araujo
O artigo primeiro, parágrafo único de nossa constituição, nos traz esse belo jogo de palavras. E por que eu escrevo com este tom reflexivo?
Simples, está na hora de compreendermos algumas considerações…
Se o poder emana do povo, o que o povo realmente pode?
O que daria este poder ao povo?
Podemos considerar que conhecimento é poder? Em fim, são muitas as considerações, porém, quero propôr uma pequena reflexão neste texto.
Segundo a tradução cristã baseada na Bíblia Sagrada, Jesus, disse: “Meu povo sofre por não ter conhecimento”
A partir desta afirmação podemos compreender que conhecimento é poder, pois um povo que sofre é por que tem pouco ou nenhum poder.
Poder pressupõe que se pode algo, e se, emana, é por que tem origem no objeto. (povo)
Onde quero chegar?
O poder é uma ferramenta que pode ser usada para o bem, ou para o mal; por tanto se a fonte está contaminada o que emana dela certamente também está.
Nesse caso, analisando a condição do nosso povo sendo ele a fonte do poder, que é uma ferramenta, como está sendo usada esta ferramenta?
E se esta ferramenta for usada por outra pessoa que saiba exatamente como usá-la e não tenha um bom caráter?
Nossa carta política afirma que este poder ou esta ferramenta será usada por algum representante, mas e se esse representante também não souber usá-la? (Visto que muitos males são causadas não por pessoas más, mas por pessoas ignorantes)
E mais, que poder tem um povo que não conhece sua história?
Que poder tem um povo que tradicionalmente coloca a solução dos seu problemas nas mãos de terceiros.
Que adianta ter um “Sansão” ao nosso lado se ele está com o “cabelo cortado”? Assim, ter poder concedido sem que se tenha sabedoria para usá-lo, é o mesmo que ter uma arma e não saber como usá-la para defender-se e com risco de ainda colocá-la nas mãos do inimigo para seu uso nosso favor; faz sentido?
Nós vangloriando de ter uma teoria de que o poder emana de nós, mas se temos o poder por que vivemos como se não o tivéssemos?
Veja, se vamos entregar o poder nas mãos de alguém, que seja esse alguém, uma pessoa capaz de usá-lo de maneira correta.
Nestas linhas quero iluminar o princípio do uso do nosso poder, e assim estarmos a altura do mundo que queremos.
É hora de termos a consciência de que nós temos o que o mundo precisa e não ele o que precisamos.
E como criamos essa consciência?
Boa leitura, boa cultura, bons pensamentos e uma boa dose de patriotismo, esse é um bom começo.
Temos em nossa revista um espaço para dicas de boa cultura e é no caso, o início de um processo para qualificarmos nossas escolhas. (Caderno Variedades)
Como tudo na vida, a escolha é uma lei que uma vez ignorada ou desobedecido traz consequências muito negativas.
Uma forma de saber se nossas escolhas são boas, é avaliarmos nossas vidas, vendo em que estado se encontra e assim vale para todos os aspectos de nossa vida.
Sendo assim, a única forma de aumentarmos o nível de qualidade de nossas relações, famílias, amizades até mesmo nosso país, é qualificamos a nós mesmos; como diz o velho adágio: “se você muda, tudo a sua volta muda”
Para tanto proponho um bom desafio: que a partir de hoje, tenhamos bons critérios pra escolha em nossas leituras e tudo o mais que nos propusermos fazer e assim teremos cada vez mais cidadãos em condições de fazer boas escolhas.
Sejamos pois o mundo que queremos.
Que Deus abençoe nossa jornada!
Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania N.º 17