Um presente de Deus
U m novo ciclo se aproxima e, com certeza, com muitos votos de felicidade, paz, saúde e abundância.
Com tudo, os votos devem ser acrescentados de realismo, ou seja, sem fantasia.
A lei divina dos ciclos nos garante que outro momento virá e com ele novas oportunidades, ou seriam as mesmas oportunidades revestidas de um outro contexto?
Vejamos: quando um ciclo começa, seja ele curto (um dia), médio (uma semana) ou longo (um ano), geralmente nos são apresentadas as mesmas bases do ciclo passado, por exemplo: teremos um dia de 24 horas com sol ou chuva, morarmos na mesma casa e talvez com o mesmo emprego, a mesma família, amigos, etc…
Inclusive, os problemas também serão os mesmos ou quem sabe estarão ainda maiores, mas se o ciclo tem geralmente a mesma base, o que poderia diferenciar nesse novo ciclo, para que tenhamos realizado os votos?
Os estóicos já diziam, ” ocupe-se com o que você pode mudar e não dedique energia naquilo que não podes mudar”
Nesse conselho, está a resposta para a pergunta.
Se as bases são sólidas e suficientes (cremos assim pois a natureza é criada e administrada pelo criador), podemos concluir que o que deve mudar é o que se apoia na base.
Devo lembrar que a base que nos é oferecida é para que se construa algo também sólido e suficiente.
Veja: queremos todos um país melhor, mais justo, seguro, educado e saudável, mas o que fazemos com o espaço de terra e pessoas que nos cerca?
Como eu reflito esse país na minha casa, trabalho e por onde eu passo?
Sou portador da justiça que quero exigir ou apenas faço coro com alguns preguiçosos de alma.
Aí está 2024 com novas oportunidades de construir algo real meu, que eu tenha gestado e feito nascer.
Seja um empreendimento, uma nova formação ou quem sabe, novas atitudes.
Lembro-me de ler um sobre a idade média, em que alguns sofriam atos que prefiro não citar, outros construíam algo para deixar à posteridade; embora não vivamos muito longe disso, temos neste novo ano uma oportunidade de criar uma nova realidade (ainda que interna).
Em vez de querer que mudem os outros, mudemos a nós mesmos.
Que mude o país, mudemos nosso quintal, a rua em que moramos, nosso bairro, pois como disse jesus: “Porque foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei”
A lei dos ciclos nos mostra que a mudança ideal nunca é repentina, pois ela é marcada por ritmo que nos permite encaixar nossa estrutura na mudança.
Já reparou que a noite chega e quase não a percebemos?
Isso acontece por quê. A natureza reposta seu próprio tempo e também o nosso, por isso ela é evolucionária, por não ser revolucionária.
O dia, as horas, as estações do ano, enfim, uma mudança gradual que se consolida e permanece até que um novo ciclo se aproxima e então o atual se finda deixando para trás tudo o que veio trazer, ou seja, cumprindo sua missão.
E o que nos coloca em um novo patamar? A maneira como compreendemos e por fim nos comportamos, construindo algo sólido baseado nessas mesmas leis que nos ensinam como as mudanças devem acontecer.
Arde nos corações um desejo de mudança por não gostar do que se vê no geral, mas podemos mudar o geral? Se sim, como fazer, com que ferramentas, com quanto tempo, com que direção e sentido?
Um avião não chega ao seu destino se o piloto não se dedicar a ter a competência necessária para isso, por mais que ele reclame que queira fazer decolar o avião, ele sabe?
Queremos pessoas que nos represente com altíssimo grau de qualidade, mas como nos representamos a nós mesmos?
Alguns que não sabem se que interpretar um texto reclama de um representante que não sabe ler.
Em Resumo, veremos as mudanças que queremos quando tivermos competência para isso.
Quer um exemplo? O que tira uma pessoa da miséria? Dinheiro, bens, posses, cargos de alto remuneração?
Óbvio que não, pois será um miserável com dinheiro, bens, posses e um bom cargo a desfrutar.
Há um ditado egípcio que diz o seguinte: ” Se tu constrói uma estrada com as tuas próprias mãos, está exatamente onde colocaste a última pedra”.
Busquemos uma mentalidade altiva para este novo ciclo para que ao seu fim, tenhamos preparado a terra e plantado as semente necessária para a colheita.
Esta semente é sem dúvida a cultura; cultura essa que procura corações e mentes para manifestar-se.
A minha mensagem é que nos preparemos para as bênçãos que virão, pois com a mesma força que se empurra o pêndulo, ele voltará.
Que Deus abençoe nossa jornada nesse novo ciclo de 2024!
Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania Vol. III N.º 38 – ISSN 2764-3867
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