É certo dizer que o marxismo cultural tem uma natureza complexa, enganando os menos desavisados e até mesmo os mais capazes, não é fácil identificar suas facetas em um relance, ainda que sejas perspicaz, e para melhor ilustrar, utilizaremos como base a mitológica besta denominada Hidra de Lerna.
O referido monstro, filho do mais temível dos titãs e Equidna, com seu corpo de dragão e várias cabeças capazes de se regenerar, guarda tamanha semelhança com a besta da atualidade, que além da gritante capacidade de destruir, tem como mais marcante característica a possibilidade de regenerar suas cabeças, ainda que decepadas.
É inconteste a semelhança entre a referida besta mitológica e socialismo, monstro que se alimenta do sangue humano e ironicamente usa o vermelho como cor simbólica, talvez, fazendo uma justa homenagem aos incontáveis litros do líquido escarlate que espalhou em todo o canto ao qual chegou ao poder.
Ambos são naturalmente destrutivos, o hálito venenoso da besta e sua fome por carne humana podem ser igualmente vistos na gana destrutiva difundida pelos revolucionários, seu ódio recorrente por todos que não se curvam a sua sede pelo poder e sua fome até de vidas intrauterinas é algo que pões até mesmo a mais asquerosas das criaturas em uma posição de maior valor existencial.
A mais espantosas das similaridades entre ambos é a capacidade de regenerar suas cabeças, posto que, é evidente que os revolucionários se reinventam incansavelmente na sua doentia busca por poder, demostrando-se, realmente dispostos a regenerar sua face bestial, tantas vezes quanto forem necessárias para exalar seu bafo assassino. Sendo, portanto, imprescindível que cada uma cabeça ceifada não possa ressurgir como outro igual ou ainda pior, como nas versões em que a besta da mitologia, que era capaz de substituir uma de suas cabeças mutiladas por duas.
Por tal razão, devemos sempre ser vigilantes em relação ao mal, sabendo que ele agirá como a água que procura uma brecha para forçar sua passagem, e, assim como a Hidra de Lerna, não dar-se-á ´por vencida quando tiver suas cabeças decepadas, ressurgindo da forma que lhe melhor convir para, novamente, atacar com igual ou mais força em busca de sangue humano para seu deleite.
As múltiplas face do movimento revolucionário residem nas mais tênues defesas de pautas, que parecem justas à primeira vista, até os mais radicais ataques aos que têm a petulância de se opor a sua busca pelo poder.
Destaca-se a corrupção com uma destas faces, provavelmente a que mais alimente o monstro, tendo a capacidade de fazer com que a besta, não a mitológica, seja capaz de engolir a alma daquele que não comunga de sua fome pela carne humana, colabora pelo desfecho atroz tanto desejado pela revolução. Quantos são os indivíduos que, movidos pela ganância, servem ao mal e “cafetinam” o futuro de seus próprios filhos acreditando ser a recompensa imediata é o suficiente.
Ao se perceber a defesa da ideologia de gênero, do aborto e outras tantas pautas que nada mais são que faces da revolução se alvitrando, é dever daquele que espia tal movimento atuar no sentido de combater tal besta, de tal sorte, é imperioso que todo bom homem recuse-se a sucumbir ao sedutor chamado da corrupção, uma vez que, esta consumirá sua alma, tornando o corrupto um serviçal da revolução.
Não se está insinuando que toda a corrupção reside do lado dos revolucionários, infelizmente, todos estão sujeitos ao fracasso moral, mas, por outro lado, cabe apontar que para pôr a revolução em prática, os adeptos de tal visão jamais se furtarão de praticar a corrupção, se acreditarem que está se justifica como meio de ascensão ao poder.
A corrupção é uma besta que não se satisfará ao consumir a ala do corruptor ou do corrompido, buscará alimentar-se de tantas vidas o quanto puder cativar, logo, tendo sido alimentada por uma mão, tentará compelir aos demais que também a alimentem, seguindo a lógica de que o indivíduo que se mantiver inabalável, virtuoso, é um obstáculo a ser superado, um inimigo a ser batido ou apenas mais uma vida a ser devorada, em que pese, este não deseje se corromper.
Quando você alimenta a corrupção, não está destruindo apenas sua alma, mas a fortalecendo para que tente devorar as dos outros. Por isso é importante que, assim como todas as demais cabeças, esta face da besta seja decapitada e cauterizada, como no mito de Héracles, evitando assim que siga seus desígnios doentios atrás de novas almas, destruindo os bons que se opuserem ao monstro.
Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania Vol. I N.º 03 – ISSN 2764-3867
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