O Show da cantora Cláudia Leitte no dia 27 de novembro de 2021, foi só mais um entre tantos tapas dados nas fuças dos cidadãos, fez relembrar um apresentador esportivo estérico da Rede Globo, que no momento da realização da Copa América fingia-se autoflagelar em sinal de revolta, com uma veracidade de uma nota de três reais, figura no mínimo inusitada, que posteriormente fez uma chamada para a escolha de samba enredo em escolas de samba.
Cada dia fica mais evidente a falta de coerência
Tivemos Youtubers destilando falácias e não cumprindo o isolamento que propunham aos “reles mortais”, sim, algumas celebridades e autoridades no Brasil acreditam que são seres iluminados, superiores aos humanos comuns, como sendo uma casta semidivina.
O problema não foi o show lotado na maior cidade do Brasil realizado pela cantora de música baiana da região metropolitana fluminense, mas o fato dela ter alegado o seguinte, “Me indigna o fato de que as pessoas não usem máscaras”, e, “Continuam aglomerando, promovendo aglomerações, isso mata”, mas, quando se trata de experimentar privações, não creio que seria a fome que muitos enfrentaram por conta das medidas de isolamento ou restrições, decidiu arriscar a vida de alguns, considerando suas frases de comoção, para, quem sabe, continuar trabalhando.
Não foi a única artista que pediu algo que não foi capaz de cumprir, novelas e jornais foram tratados como atividades essenciais, lembrando que toda atividade que traz o sustento é essencial, mas durante a pandemia criou-se mais um poder de fiscalização, para saber qual era a atividade e quem era essencial. Talvez isso justifique as baladas dos famosos e as restrições ao povo comum.
Entre todas as humilhações, sem dúvida, as mais emblemáticas sejam as autoridades que, literalmente, dançam sobre a submissão do cidadão, entre eles, o famoso governador que viajou para o estado vizinho para curtir um dia ensolarado na piscina de um hotel de alto padrão, que fez uma grande festa em sua residência e expulsou a pessoa que o expôs, e ainda, fez compras em Miami.
Para quem acha pouco, temos o debochado, ou nervoso, prefeito carioca que frequenta rodas de samba em meio ao período de restrições por ele imposto, que faz galhofa quando autoriza o carnaval, que deve sim ocorrer, desde que toda restrição seja imediatamente interrompida, salvo se a moléstia sair da cidade somente durante as festividades. Mas o Chefe do Executivo da capital fluminense, sempre em tom jocoso, parece não se preocupar, afirmou inclusive que faria a vida dos não vacinados mais difícil, se bem que ele faz a vida de todo o povo carioca cada vez pior.
Lembro-me da época das eleições municipais, quando diziam que ele era o melhor, porque “rouba mas faz”, reflito sobre a frase e concluo, quem vota em alguém pensando de tal forma talvez mereça cada açoite que recebe.