A sutileza diabólica no uso da novilíngua

A sutileza diabólica no uso da novilíngua

“Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.” (Gênesis 11:7)

Em qualquer debate acerca da Nova Ordem Mundial, o problema da novilíngua é trazido à tona. E cada vez mais o assunto vem ganhando contornos assustadores dada a imposição por parte dos representantes da agenda globalistas que são alçados ao poder. Boa parte dessas reflexões se deve ao clássico “1984” de Orwell, embora possamos encontrar indícios acerca do tema em outras literaturas distópicas. Ressalte-se ainda que a adoção de uma forma distorcida de comunicação é a parte fundamental de um projeto maior que envolve, entre outras ações, reescrever a história ao arrepio da realidade dos fatos para atender aos objetivos de perpetuação de poder das elites globalistas. Quando uma rede social, por exemplo, te pergunta “O que você está pensando?”, na verdade ela está simplesmente filtrando e entabulando o seu perfil intelectual. E tudo isso passa pela manipulação da realidade através do controle não só do que se “pensa”, mas, principalmente, do que se “diz”, numa astuta inversão de construção de pensamento, feita de fora para dentro.

Como vemos no texto Sagrado Judaico-cristão, quem controla a “língua”, ou seja, a comunicação, é quem demonstra ter poder de fato para impor a sua vontade. São as línguas, na verdade, que representam um dos pilares antropológicos mais elementares, profícuos em informações essenciais que levam às origens das nações de modo geral, como, aliás, revelam as Sagradas Escrituras Judaico-Cristãs.

Por isso o reino das trevas que opera nos bastidores da NOM, que comumente chamamos de Nova Era, se lança vorazmente sobre os mecanismos linguísticos ou de comunicação da humanidade, deturpando-os, manipulando-os e jogando-os em um caos infernal de reinvenções constantes que têm como única finalidade reorganizar de forma invertida a confusão (Babel) que foi provocada pelo Eterno lá nos primórdios, na terra de Sinar.

Ora, se não podemos chamar as coisas como elas são, o que elas passam a ser, afinal? Elas passam a ser qualquer coisa que alguém que supõe ter poder para modificar a realidade diga que ela é. E isso simplesmente é atentar contra a Ordem Natural das Coisas do ponto de vista da tradição humana, do conhecimento ancestral, da sabedoria antiga. Quando deixo de chamar uma mulher de “mulher” e uso “pessoa com vagina”, ou quando eu retiro dos registros pessoais de alguém os nomes “pai” e “mãe”, trocando-os por “genitor 1” e “genitor 2”, o que busco é desordenar as estruturas sociais, desconstruindo um fio condutor que nos manteve seguros até então, porque nos deu uma identidade.

E então chegamos em um dos projetos mais diabólicos do progressismo: a implosão dos alicerces identitários humanos, que nos diferenciam uns dos outros e do restante da criação, nos concedem particularidades e peculiaridades ditadas pela biologia e nos mostram quais os nossos lugares no tabuleiro. “Pai” é “pai”, “mãe” é “mãe”, e saber disso importa para o Criador, que foi quem determinou as regras a serem seguidas. Entendem a ideia?

Mas isso não nasceu com Orwell. Ou Huxley. Ou Wells. Isso nasceu no mundo sombrio que os nossos olhos mortais não podem ver, nas mais densas trevas espirituais. E começou a dar certo quando começaram a dizer que “Deus” não é “Deus”, mas sim uma “luz cósmica” ou uma “Força invisível” ou sei lá o que mais inventam para renomear o que não pode ser renomeado. Só que Deus é Deus, e quando se revelou a Moisés fez questão de se identificar. E não é – e nem será – uma súcia de relativistas místicos e deslumbrados com o que Paulo chamou de “doutrinas de demônios” em I Timóteo 4:1 que mudará isso.

Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania Vol. II N.º 27

Sobre o autor

Neto Curvina

Ministro do Evangelho, teólogo, escritor e educador

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BIOGRAFIA

Leandro Costa

Servidor público, advogado impedido, professor de Direito, Diretor Acadêmico do projeto Direito nas Escolas e editor-chefe da Revista Conhecimento & Cidadania.

Defensor de uma sociedade rica em valores, acredito que o Brasil despertou e luta para sair da lama vermelha que tentou nos engolir. Sob às bênçãos de Deus defenderemos nossa pátria, família e liberdade, tendo como arma a verdade.

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