Quando a “Lei” infringe o ser humano

Quando a “Lei” infringe o ser humano

Vivemos hoje sobre um sistema ou regime de leis que teoricamente tem o objetivo de trazer ordem à sociedade, mas se é assim, por que vemos que quanto mais leis, mais distante de uma tão sonhada ordem que pensamos estar?

Sobre esse tema, há várias formas de enxergarmos, para mim o aspecto principal é o filosófico, pois trata da essência das coisas e não das convenções como em todos os outros ângulos de visão de um tema.

Para compreendermos melhor o assunto é importante então, explorarmos de maneira profunda os conceitos de justiça, ordem e lei.

Primeiro é imprescindível compreendermos que cada coisa, cada objeto tem sua definição e por fim o seu nome, tendo o seu nome este objeto passa a ser então único, inconfundível, pois dar nome às coisas é o básico fundamental para atingir os nossos objetivos, se queremos algo dizemos o seu nome, isto economiza tempo e movimento no estabelecimento dos nossos objetivos, ou seja, podemos então se assertivos, caso contrário iremos promover apenas movimento e nenhuma ação.

O grande gabarito para as relações humanas são, sem dúvida, toda a Natureza, o universo em um termo religioso, Deus.

O grande objetivo de uma lei é trazer ordem (Cosmos) caso contrário o que se estabelece é Caos, que é a matéria sem ordem, inteligência superior (Theos).

Em todas as apresentações da criação humana vemos que a natureza se fez presente antes do ser humano, isso mostra que é para ela que devemos olhar quando queremos referência para vivermos, pois a natureza é exemplo de: harmonia, beleza, justiça, fraternidade, recomposição, trabalho, saúde, e todas as virtudes necessárias para que a vida seja plena em quantidade e qualidade, a diferença que na Natureza, há uma inteligência que rege toda esta ordem de maneira autônoma, uma inteligência que domina o cenário, enquanto no reino humano, nos é necessário primeiro aprender sobre esta ordem que está dentro de nós e não fora, depois aplicá-la por escolha própria (livre arbítrio) e assim, nós promovemos as ações que farão surgir a tão desejada ordem que deixo claro, já existe no universo, o que devemos fazer é trazê-la para o reino humano.

Aqui vai a sequência de aprendizado: aprendemos e aplicamos as leis, estas geram a ordem e esta faz então surgir a justiça.

Se o ser humano infringe a lei, ele se afasta da ordem, gera caos e então surge toda a desordem que se manifesta primeiro nele e depois ao seu redor.

Mas, e quando a lei parece infringir o ser humano?

Há muito o que expor sobre essa pergunta, porém vou deixá-la como uma reflexão e continuarei com o tema na próxima edição.

Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania N.º 25

Sobre o autor

Edson Araujo

Palestrante, estudante de filosofia e teologia, colunista na Revista Conhecimento & Cidadania.

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BIOGRAFIA

Leandro Costa

Servidor público, advogado impedido, professor de Direito, Diretor Acadêmico do projeto Direito nas Escolas e editor-chefe da Revista Conhecimento & Cidadania.

Defensor de uma sociedade rica em valores, acredito que o Brasil despertou e luta para sair da lama vermelha que tentou nos engolir. Sob às bênçãos de Deus defenderemos nossa pátria, família e liberdade, tendo como arma a verdade.

É preciso fazer a nossa parte como cidadãos, lutar incessantemente por nosso povo e deixar um legado para as futuras gerações. A política deve ser um meio do cidadão conduzir a nação, jamais uma forma de submissão a tiranos.

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