Sobre a organização das ideias

Sobre a organização das ideias

Na Natureza, temos várias referências a que chamamos de “gabarito” e numa linguagem filosófica chamamos arquétipo.

Citarei um exemplo bem popular para fácil entendimento, pois sem esse entendimento básico toda a ideia implícita no texto fica comprometida.

Temos na natureza uma referência que é o tempo, e para muitos o tempo passa, é curto ou longo, é bom ou mal, em fim há várias qualidades que se convencionam ao tempo, mas com uma breve reflexão percebemos algo importante e isto é que, ” O tempo não passa”.

Alguém dirá: Como assim, o tempo não passa?

Exatamente, o tempo é imóvel, o que passa é seu reflexo ou seu movimento que seria um fenômeno do tempo.

Passam as horas, minutos, segundos, dias, meses, etc…

Estes são fenômenos, movimentos do tempo, algo que está contido no tempo.

Outro arquétipo é o Amor, nesse caso, o que passa é a paixão que é uma sombra do amor e uma sombra é algo que mostra uma forma, mas nunca o conteúdo.

A ideia principal aqui é chamar a atenção para a “ORGANIZAÇÃO”.

A organização não é exatamente um arquétipo, mas o reflexo de um arquétipo que é a “ORDEM”.

escrevi um texto onde explico de forma bem básica o que seria a ordem, mas hoje quero focar nesse seu reflexo.

A organização é fundamental para tudo o que há na vida e quando eu escrevo, tudo quero dizer, tudo o que há manifestado na Natureza.

Imaginem um organismo sem organização?

Não seria um (orga-nismo), o que lhe permite ser um organismo é por que tem presente a organização.

O que há de desorganizado que cumpra sua função?

Uma empresa, uma repartição pública, uma família, etc..

O corpo humano desorganizado é um corpo doente e que por isso não consegue cumprir seu papel.

Para além destes exemplos físicos existem no mundo os aspectos psicológico e mental.

Uma pessoa emocionalmente desorganizada se quer pode viver em sociedade, por que estar organizado pressupõe a ideia de que tudo está em seu devido lugar, exatamente o que deveria estar, do jeito que deveria estar.

Assim são as ideias do mundo mental, ideias desorganizadas podem gerar caos em um ambiente onde o combustível é a ordem, a organização e a harmonia.

O campo mental é exatamente onde nascem as ideias e tudo o que se constrói subjetiva e objetivamente começa neste campo.

Mas, o que isso tem a ver com nosso momento histórico?

Há um movimento cada vez mais crescente em nossa sociedade para trazermos seus elementos básicos como: Justiça, liberdade, família, saúde, enfim, todos os elementos que nos tornam mais “civilizados” e isso é na verdade o fruto que queremos colher no presente e no futuro.

Porém do que é formada esta sociedade tão sonhada?

De pessoas bem organizadas em suas ideias, se estamos organizados dentro, estaremos fora, ou seja, uma sociedade dos sonhos é formada por cidadãos dos sonhos.

Se queremos um país organizado temos que saber que o que o organizará tem que portar esta organização.

Se organizarmos as peças do tabuleiro, aí sim poderemos desfrutar de tudo que o jogo oferece.

Em síntese, as pessoas que querem que seu país seja uma referência deve antes portar está referência, como na Grécia e Roma antiga ou mesmo no Egito antigo, onde o cidadão, só seria considerado um cidadão se ele fosse um portador da ideia de Estado.

Quem pode promover a justiça?

Um juiz, advogado, ministro da justiça ou qualquer membro do judiciário?

Não, só pode promover justiça aquele que é seu portador, seja ele quem for.

Qual sociedade pode promover a liberdade?

Aquela em que seus cidadãos internalizaram a própria.

Assim como só pode vender um produto a empresa que o tem em seu interior (estoque), caso contrário é propaganda enganosa.

Enfim este texto tem o objetivo de pôr luz no caminho que queremos traçar.

Há um aforismo que diz:” Se eu não confio no mensageiro, eu não recebo a mensagem.”

E como a receberá se o mensageiro não estiver portando a mesma?

Resumindo: Há que começar em nós, nas nossas ideias, ações, comportamentos, em nossas famílias, amigos, vizinhos, no bairro, cidade, estado, país e, por fim, no mundo.

Olhemos para nós e por nós mesmos para que não sejamos apenas um fenômeno que passa, pode ser bom ou ruim, que tenha apenas qualidade e não substância.

Que nos apoiemos nos referenciais da natureza e nos ideais altivos do Cristo, para que sejamos a semente que gerará a árvore que dará o bom fruto, de onde comerão as futuras gerações.

Que Deus abençoe nossa jornada!!

Sobre o autor

Edson Araujo

Palestrante, estudante de filosofia e teologia, colunista na Revista Conhecimento & Cidadania.

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BIOGRAFIA

Leandro Costa

Servidor público, advogado impedido, professor de Direito, Diretor Acadêmico do projeto Direito nas Escolas e editor-chefe da Revista Conhecimento & Cidadania.

Defensor de uma sociedade rica em valores, acredito que o Brasil despertou e luta para sair da lama vermelha que tentou nos engolir. Sob às bênçãos de Deus defenderemos nossa pátria, família e liberdade, tendo como arma a verdade.

É preciso fazer a nossa parte como cidadãos, lutar incessantemente por nosso povo e deixar um legado para as futuras gerações. A política deve ser um meio do cidadão conduzir a nação, jamais uma forma de submissão a tiranos.

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