Sobre as formas de governo

Sobre as formas de governo

Nos dias atuais temos conhecidas algumas formas de governo, e vemos sérios problemas em todas elas.

Platão, em sua obra,“A REPÚBLICA” trata desse tema de uma forma muito profunda, onde promove uma boa reflexão sobre como e por que estamos sendo governados, além de expor uma lista de sistemas de governo, que vai da Aristocracia até a tirania, sendo a Aristocracia a forma mais elevada e a tirania o último estágio de governo.

Os filósofos clássicos desde os pré-socráticos aos neoplatônicos tinham como referência a natureza para tratar de todos os assuntos próprios do ser humano, e a política não era diferente.

Vamos aproveitar nosso momento histórico e refletir um pouco sobre nossa forma de governo, a democracia.

A democracia trata de uma forma de governo onde a maioria decide, ou seja, se vamos tomar uma decisão será adotada a que a maioria escolher, e isso com os elementos apresentados à maioria para a decisão.

Mas, onde encontramos a democracia na maneira mais natural de vida?

Lembro que quando me refiro a natureza me refiro a todo o universo e a como se sustenta, funciona e reflete: bondade, justiça, verdade e beleza, que são as bases para uma civilização.

Em nenhum dos reinos, seja, divino, animal, vegetal, mineral, encontramos leis de governos baseada em decisões por maioria e sim por hierarquia, por poder e ordem.

Apenas no reino humano encontramos tamanho equívoco.

No reino animal os líderes não são escolhidos pela maioria, mas por vocação.

No sistema solar o sol governa sobre os outros astros e não por que os demais escolheram e assim por diante.

Segundo Platão o sistema ideal de governo é baseado na virtude e na honra, e estes são os requisitos que deveriam levar uma pessoa a posição de governo.

Com tudo, uma democracia não seria tão frágil se aqueles que escolhem soubessem fazer as escolhas ideais, porém não é o que vemos.

Uma autocracia será necessária para que aquele que governa o povo, governasse antes a si mesmo tornando-se incorruptível.

É óbvio que aquele que se propõe a governar externamente saiba antes governar internamente, ou seja, governar-se, pois aquele que assim o faz pode resistir a tudo o que o desviaria do propósito, que é levar o povo ao mais alto nível de sociedade.

Bom, por estas simples linhas já notamos que estamos longe do ideal.

Nossa ingerência é pouca diante da situação atual no mundo, mas podemos aproveitar a ocasião e trazer à tona o que temos de virtudes e começar a agir onde temos total poder de decisão.

Sabemos que geralmente nossos governantes eram outrora cidadãos comuns que pela escolha da maioria chegaram a posição de governo, então concluímos que se promovermos as virtudes necessárias à nossa elevação, no meio da sociedade teremos uma chance real de termos governantes melhores.

Não temos como exigir que os outros tenham para oferecer daquilo que estão vazios, mas nós podemos começar um movimento em direção a essas virtudes que levarão nossa sociedade ao seu lugar ideal.

Se formos honestos, saberemos identificar onde há honestidade, e assim, a lealdade, a austeridade e todas as demais virtudes.

Todos nós sabemos como é belo ver um ato de justiça, generosidade, união, entre outras virtudes.

Em toda a história da humanidade, fomos apresentados a grandes homens e mulheres que por suas atitudes de honra e valor nos trouxeram até aqui.

É nossa vez de oferecer nosso quinhão, nosso sacrifício de manter intocados os valores que queremos que cheguem no futuro para que aqueles que sofrendo a falta do bem, possam ter uma experiência ainda que superficial com o que há de mais elevado.

A reflexão proposta aqui é que ainda que com dor sejamos provadores dos elementos que servirão de nutrientes para as próximas gerações.

A começar pelos nossos próximos.

E isto não é menos que um exercício do mandamento máximo do Cristo: Amar ao próximo como a ti mesmo.

Que Deus abençoe nossa jornada!

Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania Vol. II N.º 36

Sobre o autor

Edson Araujo

Palestrante, estudante de filosofia e teologia, colunista na Revista Conhecimento & Cidadania.

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BIOGRAFIA

Leandro Costa

Servidor público, advogado impedido, professor de Direito, Diretor Acadêmico do projeto Direito nas Escolas e editor-chefe da Revista Conhecimento & Cidadania.

Defensor de uma sociedade rica em valores, acredito que o Brasil despertou e luta para sair da lama vermelha que tentou nos engolir. Sob às bênçãos de Deus defenderemos nossa pátria, família e liberdade, tendo como arma a verdade.

É preciso fazer a nossa parte como cidadãos, lutar incessantemente por nosso povo e deixar um legado para as futuras gerações. A política deve ser um meio do cidadão conduzir a nação, jamais uma forma de submissão a tiranos.

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