A corrupção do léxico

A corrupção do léxico

Por Leandro Costa

Imaginado como seria trágico perder a visão em um mundo no qual não se pode mais descrever aquilo que nos cerca, não se vislumbra outra coisa senão uma tragédia, contudo, talvez seja igualmente assustador viver sem conseguir expressar aquilo que o cerca. A perda da capacidade de se comunicar nos tornaria mais animalescos, desprovidos daquilo que nos fez evoluir de forma inconteste, posto que, através da escrita pudemos conservar ensinamentos e criar, ainda que no campo da ficção, visões de mundo que pudessem inspirar o homem.

A palavra homem, no parágrafo anterior, refere-se ao ser humano, não se restringindo aos do gênero masculino. Parece estranho e desnecessária tal explicação, de fato o é, porém, considero como um singelo alerta para o cenário atual, no qual o óbvio, infelizmente, precisa ser justificado.

A linguística nos ensina a reconhecer quaisquer coisas pelo seu signo, o qual possui significante e significado. O significante é a forma escrita ou sonora da palavra traduzida pela nossa compreensão de mundo, enquanto o significado é o conceito universal da coisa.

“O signo linguístico é um elemento representativo que apresenta dois aspectos: o significado e o significante. Ao escutar a palavra cachorro, reconhecemos a sequência de sons que formam essa palavra. Esses sons se identificam com a lembrança deles que está em nossa memória. Essa lembrança constitui uma real imagem sonora, armazenada em nosso cérebro que é o significante do signo cachorro.

Quando escutamos essa palavra, logo pensamos em um animal irracional de quatro patas, com pelos, olhos, orelhas, etc. Esse conceito que nos vem à mente é o significado do signo cachorro e também se encontra armazenado em nossa memória.

Ao empregar os signos que formam a nossa língua, devemos obedecer às regras gramaticais convencionadas pela própria língua. Desse modo, por exemplo, é possível colocar o artigo indefinido um diante do signo cachorro, formando a sequência um cachorro, o mesmo não seria possível se quiséssemos colocar o artigo uma diante do signo cachorro”.

Outra vez parece o exercício de explicar aquilo que é evidente, entremente, tal compreensão faz-se mister para que se observe o risco da chamada novilíngua, termo originário do livro 1984 do autor britânico Goerge Orewell, no qual a linguagem é adaptada aos anseios dos poderosos.

Voltando ao triste ponto em que chegamos, não o da ficção mas dos tempos atuais, precisamos hoje explicar que a grama é verde, e reafirmar isso quantas vezes forem necessárias para que a consciência não seja raptada e a relva assuma, na mente das pessoas, qualquer outra cor que tiranos desejem. A informação tornou-se a arma mais eficaz e, precocemente, uma forma de escravizar milhões de pessoas, antes mesmo do uso da força.

Ressignificar, que nada mais é que dar novo significado a uma palavra cujo conceito já é conhecido é uma forma de controlar as pessoas com base em argumentos inexistentes, pois as falácias tornar-se-ão irrefutáveis sem uma contra-argumentação, o que exige, via de regra, o uso de palavras conforme o conceito correto. Não há como afastar um argumento, ainda que falso, sem um debate no qual não se conhece o idioma, ainda pior, seria quando palavras conhecidas passam a ter um significado volátil, normalmente, afixado pelo criador da desinformação.

Farei uma pequena pausa, posto que, usarei um exemplo real. Ao compartilhar uma postagem de um grupo (WhatsApp), com a participação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na temática denominada “Matematiqueer” (algo sobre matemática e agenda LGBT, com dinheiro público), contendo o texto, “Confira les membres recém-chegades ao MatematiQueer”, fui surpreendido com o seguinte comentário, “pensei que estava lendo uma postagem em Francês”, o que me chamou a atenção, pois, tal afirmação era algo que me preocupara.

Estava diante de uma publicação com a chancela de uma instituição de ensino superior que deveria zelar por sua história, uma vez que, embora fundada oficialmente em 1920, é a herdeira histórica da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, instituição fundada pela Rainha D. Maria I de Portugal, em 1792, antes mesmo da independência do Brasil. Todavia, a mais que bicentenária universidade atirava seu legado na lama em nome de uma agenda progressista que pretende adulterar a língua portuguesa para que se preste aos seus nefastos anseios de controle social.

Poderia sentir o pesar aos ver uma renomada, e custosa, instituição naufragando na sujeira, talvez a localização da Cidade Universitária na capital fluminense tenha mais dizer, haja vista, a Ilha o Fundão cercar-se de um verdadeiro mar de esgoto. Mas não é da UFRJ pretendo tratar, ao menos por enquanto.

A chamada linguagem neutra é, sem sembra de dúvidas um mal que deve ser combatido, assim como toda distorção doentia da linguagem precisa ser rechaçada ou seremos escravos daqueles que ditam as regras, ainda que voláteis.

Dado o significado que lhe convém às palavras, os grupos autointitulados progressistas, o que já é uma flagrante distorção, dominamo debate público e submetem aos seus temos os argumentos que conforme seu abjeto interesse.

O aborto, que se traduz no assassinato de seres humanos no ventre de suas mães, passa a ser ressignificado como direito reprodutivo, quando tal expressão deveria levar, e leva, ao intendimento de que a mulher não poderia ter cerceado o direito de ser mãe. Parece que os defensores dos direitos reprodutivos da mulher estão lutando contra aquelas famigeradas imposições estatais da ditadura chinesa acerca de um limite de número de filhos, quando na verdade, querem matar bebês na fase de gestação. A distorção serve para ludibriar as pessoas que compreenderão um fim diverso daquele pretendido.

Mais uma vez, peço licença ao leitor para criar uma hipótese, na qual um indivíduo, sabendo o que significa pedir a mão da filha de alguém, o faz, para ter assim o direito de amputar parte do membro da mesma e subtraí-lo. Nota-se que, por mais esdruxulo que seja tal exemplo, não precisou ressignificar as palavras, apenas descontextualizou-as, pois, sabendo-se que dar a mão é leva a entender que trata-se de um pedido de casamento, o indivíduo teria pedido usando da literalidade, confundindo o receptor da mensagem, diferente do que é feito pelos falsamente autointitulados progressistas que, indo além, inventam significados para palavras cujo conceito já existe para ludibriar.

A distorção do léxico de forma proposital não é nociva por prejudicar a comunicação, uma vez que, existe uma sórdida intenção conduzindo tal processo. Não se trata de erros inocentes, movidos pela ignorância ou repetição equivocada de um termo, mês, perigosamente, de uma manipulação consciente das palavras para dissuadir indivíduos para que se deixem pautar por uma abissal agenda de controle social.

Como mencionado, é imprescindível saber diferenciar os erros e a corrupção, simplesmente pelo fato de que o primeiro se dá pelo desconhecimento ou desatenção e o segundo tem uma finalidade pútrida, de maneira que, aquele que erra pode e deve ser corrigido, com a devida educação, apenas para que compreenda o uso correto de seu idioma, entretanto, aquele que distorce deliberadamente o significado de algo, deve ser combatido, pois busca o resultado maligno que conduz tal ação, ainda que atuando de forma inconsciente, hipótese na qual servirá a um propósito alheio, mas igualmente torpe.

A alteração da linguagem de forma preordenada não é natural, portanto, presta-se ao fim de inserir ou modificar conceitos que não estão abarcados pelo termo, assim, pode-se fazer com que o receptor da mensagem tenha a falsa impressão sobre algo, acionando um gatilho ou impedindo que conheça o real significado. Inúmeros são os que repetem mantras mentirosos plantados por um grupo que, de forma artificial, ressignifica palavras para atacar, calar ou até criminalizar seus opositores, por vezes, passando-se por vítimas quando na verdade são algozes.

Termos como opinião pública e sociedade civil dão uma ideia genérica de que o povo, de forma ampla e irrestrita, pensa de determinada forma e atua em um conjunto, quando na verdade, ambos são premissas enganosas, uma vez que foram indevidamente apropriadas, ou cunhadas, com o fito de iludir àqueles que buscam o significado mais obvio de tais termos.

A chamada opinião pública, expressão que faz o indivíduo crer tratar do pensamento da maioria, em verdade é a linha editoria da mídia mainstream, fazendo com que o indivíduo que discorde de tais posicionamentos se vejam isolados em uma determinada sociedade por conta de uma mentira. Ao crer que um tema é visto pela maioria por um certo ângulo, aquele que possui uma visão dissonante acaba por se enxergar como uma pequena exceção e calando-se para suportar, democraticamente, o posicionamento da maioria, a chamada espiral do silêncio, sucumbindo assim aos ditames de um grupo que controla os meios de comunicação.

Por outro lado, a expressão sociedade civil, por sua vez, tem um significado específico, sendo, de fato, um grupo de pessoas que se unem para participar das questões públicas ainda que não integre o Estado, de maneira que, seu significado é honestamente representado no dicionário, contudo, há uma visão hegemônica que acaba por considerar que determinados grupos são dignos de reconhecimento e outros não, bem como, fazendo com que as lideranças de tais grupos sejam, igualmente, considerados aceitáveis ou não. A princípio, parece algo justo considerar que a associação de pessoas em defesa de grupos identitários seja benéfico, entretanto, basta que tal facção contrarie as pautas progressistas, outra expressão falaciosa, para que seja rechaçado, daí a grande dificuldade de lideranças feministas posicionarem-se contra a inserção de homens no esporte feminino, pois, isso implicaria na infame acusação, ainda que mentirosa, de serem transfóbicas.

Na prática, quando se defende a participação da sociedade civil, o que se vislumbra em uma análise mais aprofundada é a legitimação de grupos preordenados que atuam como monopolizadores do debate acerca de um tema, excluindo aqueles que se contrapõe, para criar uma hegemonia política. A sociedade civil, na vida real, é muito mais próxima de sovietes que de um bando de vizinhos que busca melhorias para seu bairro, como tentam incutir na cabeça do cidadão.

A ressignificação deturpada serve também para, de forma infundada, promover acusações e até agressões, quando se cola a pecha de fascista em qualquer indivíduo que ouse discordar da elite política, legitima-se, na mente dos mais desprovidos de conhecimento, a agressão aos que foram inveridicamente apontados como sendo integrantes de um espectro político detestável, ainda que, os mesmos agressores façam flagrante defesa do socialismo, pois tal sistema, talvez ainda mais mortal, manipula os chamados antifascistas ao mesmo tempo em que se diz defensor de direitos humanos (parece uma piada, mas não é).

Algumas distorções que nos parecem insignificantes, ou mesmo jocosas, podem trazer uma armadilha em seu íntimo, sendo o progressismo é uma víbora, sempre terá em suas presas o veneno, tudo aquilo que se propõe a fazer é, na melhor hipótese uma forma de baixar a guarda do adversário. As chamadas ressignificações não são exceções.

Sutilmente, fingindo valorizar a mulher na política, trataram de adulterar a denominação do mais alto cargo da nação usando termo “presidenta”, desconsiderando ser a palavra presidente comum aos dois gêneros, sim, só existem dois. Em época aproximada, uma renomada escola federal da capital fluminense passou a chamar seus alunos de “alunxs”, rasgando mais uma vez o léxico da língua portuguesa.

Surgiu então a berração chamada pronome neutro, que visa desconstruir a linguagem em prol de uma agenda identitária surreal, baseada na vontade de indivíduos que tentam capitanear grupos rotulando-os para amestrá-los não antes de “patentear” sua criação, posto que, ao subdividirem os dois gêneros reais, criam diversos “subgêneros” para satisfazer seu nicho de poder. Fracionando quantas vezes forem necessárias para controlar, surrupiar o controle ou constranger aquele que não se enquadra na nova subdivisão como um possível algoz dos recém-emancipados, surge no gênero feminino a figura da “mulher” trans, em verdade um homem que se considera mulher, sendo exigido daqueles que não se enquadram a aceitação de tal visão sob pena (em alguns países real) de ser acusado por homofobia, entretanto, o grupo de “mulheres” trans pode dar origem a uma fração de “mulheres” trans lésbicas, que nada mais são que homens que se autodefinem como mulheres e relacionam-se com mulheres, em síntese, um homem heterossexual que se veste como mulher. Se isso lhe parece complicado, é por não fazer sentido algum.

Imaginando que alguém perdera a visão e precise da descrição de um indivíduo, mas seu interlocutor utilize da “linguagem neutra”, o pobre cego estará ainda mais perdido, pois sua mente não conseguirá formar uma imagem com base no significado daquilo que lhe é dito. Torna-se um trabalho hercúleo explicar que um “homem” trans gay engravidou e o pai é uma “mulher” trans lésbica, quando seria simples descrever que uma mulher está grávida e o pai é um homem, em que pese, vistam-se de forma diferente do normal.

Tal cenário grotesco também ocorreria se fosse necessária uma descrição pormenorizada de um indivíduo, seja uma pessoa perdida, uma vítima na posse de criminosos, um acidentado ou autor de um delito, tendo em mente que, o ato de descrever pessoas e objetos é nada mais que apresentar características destes.

A corrupção do léxico é ainda mais complexa quando se trata de substantivos abstratos, posto que, aos concretos podemos confrontar a alteração e a realidade, de maneira que, homens não engravidam ou menstruam, por mais que determinadas mulheres queiram ser chamadas de homens, isso é um fato que poderá ser usado para afastar a vontade. O risco real de ressignificar uma palavra que se dirige a um substantivo concreto é quando há uma força coercitiva, também corrompida, que buscará fazer com que os indivíduos neguem a realidade, criminalizando a verdade em busca de uma narrativa.

Quando se trata de um substantivo abstrato, na mente doentia progressista, basta dar o “pseudossignificado” e repeti-lo para que acreditem ser real, o próprio termo progressismo é falacioso, haja vista que, presume-se progresso, o avanço de um determinado ponto, quando, em verdade, revolucionários buscam destruir uma sociedade para recriá-la à sua maneira, não existe a ideia de evolução, progresso, o que ocupa a mente do revolucionário é a construção do mundo de forma artificial, por isso disfuncional, para saciar sua loucura pelo controle da humanidade e, talvez ainda pior, por acreditarem poder ocupar o Trono dos tronos.

Ressignificaram, na mente dos mais fracos, palavras como democracia, fascismo, genocida, desinformação e outras tantas que poderíamos tratá-las de forma separadas, mas o importante é observar como as pessoas acabam por assumir que tais narrativas sejam verdadeiras, concordando com uma liberdade de expressão unilateral, uma democracia pertence aos que estão no poder e que as instituições são mais importantes que o povo ao qual devem servir. Os chamados atos antidemocráticos são aqueles direcionados às pessoas que querem se proteger, contudo, a fustigação contra a nação, inclusive em outras línguas (buscando o clamor internacional) é tratado como mera opinião individual.

O mundo torna-se deveras perigoso quando o homem não consegue ver por onde caminha, sendo covardemente atacado pelas sombras, por isso, alterar o significado do racismo para tratá-lo como ferramenta unilateral de perseguição, bem como, criar cada vez mais formas de criminalizar opiniões, calando coercitivamente a verdade e a consciência, para criminalizar a todos fazendo com que precisem da leniência daquele que pode julgar é doentio, pois cria a insegurança jurídica só vista nas piores ditaduras.

A Constituição e todo o ordenamento jurídico transmuta-se em uma colcha de retalhos moribunda com o fim de satisfazer a intenta progressista, tudo aquilo que não agrada a agenda é sumariamente retirado ou transfigura-se para amoldar-se aos anseios daqueles que colocaram-se acima de tudo. Aquilo que fora edificado pela tradição, construído à duras penas, é destruído e varrido por pessoas que, distantes de sua missão, insistem em conduzir um processo artificial.

No que tange à linguagem neutra, algo grotesco e sem sentido, a insistência dos revolucionários para inserir tal neologismo corrupto no léxico de nossa língua não é algo fugaz, pois, como mencionado, tem um especial fim, qual seja, criar no subconsciente que não há definições de gênero e que as os conceitos curvar-se-ão perante os ditames dos detentores do poder, assim como a justiça se contorce para satisfação do pode, deixando de ser justa para ser um instrumento de perseguição e controle, o significado, na mente revolucionária, poderá ser livremente alterado para atender à intenta nefasta do centro de poder.

Por mais que nos seja atrativo fazer troça da linguagem neutra, devemos encará-la com a víbora que é, por servir ao mal maior que corromperá não só o léxico da língua portuguesa mas levará consigo a consciência de toda a sociedade. Assim como nossos avós diziam para não confundirmos liberdade com libertinagem, assumir o uso termos como “todes” para aglutinar homens e mulheres, quando é sabido que a palavra todos já o faz, é, na melhor das hipóteses abrir mão do legado linguístico que nos fora deixado pelos portugueses, até mesmo os romanos.

Infelizmente, o mundo não é feito da melhor das hipóteses, e se submeter à chamada linguagem neutra é deixar-se escravizar por um grupo que usa deliberadamente distorções do significado para conduzir todos, não “todes”, ao precipício. A agenda avançará determinando como cada indivíduo deve se expressar, impedindo que aquele que não concorde possa exprimir seus argumentos pela deficiência do léxico.

Bastaria dizer que a chamada linguagem neutra, em si, fracassará, uma vez que, artificial e sem aplicação prática real, estaria fadada aos desuso, entretanto, como mencionado, universidades e demais instituições de ensino, descompromissadas de sua missão de formar por terem sorvido o veneno da víbora, tentam inserir tal berração no contexto, fazendo com que seus alunos assimilem a linguagem para repeti-la como um mantra de sua distópica tribo. A tentativa de se comunicar com termos desconexos da realidade acaba sendo vexatória, entremente, podemos imaginar que em um futuro próximo a adesão por um grande grupo levará aos usuários da linguagem à falsa crença que se trata de algo normal, logo, ter-se-á como regra aquilo que é exceção, fazendo com que, o artificial cubra a comunicação natural que evoluiu com a civilização, ou seja, revolucionando o léxico teremos a ruptura entre a civilização ora construída que servirá de base para a destruição e a construção de uma nova orem mundial, cujas formas de comunicação são editadas do topo da pirâmide de poder.

Importante ressaltar que a imposição carece de legitimidade, ainda que falsa, para convencer a maioria, logo, a incapacidade de entender o conceito de algo resultará na impossibilidade de questionar tal legitimidade, assim, um homem que não pode investigar se aquela que pretende se casar é um homem ou uma mulher, não poderá questionar por que suas relações não resultam em filhos. Parece e é loucura, mas até o conceito de homem e mulher poderá se perde, daí será o acaso o pai das futuras gerações.

Na busca pela legitimidade da linguagem neutra as instituições de ensino tem se esforçado para incuti-la na educação, fazendo com que as futuras gerações sejam obrigadas a assimilá-la. Sendo ainda necessário corromper alguma instituição capaz de contaminar de forma mais incisiva, como no caso do ordenamento jurídico, no qual, ultrapassando os muros das universidades, contaminaram-se tribunais e outros órgão, aparelhando por fim a mais alta corte do Poder Judiciário, o que viabilizou a retorção da Justiça em favor da agenda revolucionária.

Eis que as perigosas nomeações de agentes revolucionários para a Academia Brasileira de Letras não se resumem à escolhas infelizes para agraciar amigos, posto que, na verdade o aparelhamento da instituição visa legitimar a ressignificação proposital e artificial da léxico para conduzir a vida através da linguagem. Para quem se esquece que o Governo da Alemanha afirmara que o nazismo era do espectro de direita, quando o posto de Chanceler daquele país era ocupado por uma política que iniciou sua vida pública na extinta Alemanha Oriental, ou seja, para os menos esclarecidos basta um governo de esquerda, do país que esteve sob o julgo dos nazistas, apontar que tal nefasto sistema encontra lugar na direita que assim o será.

A Academia Brasileira de Letras possui forte influência na linguagem, sendo referencia para pesquisa e até debate acerca da evolução do léxico, por isso, aparelhar tal instituição tem como objetivo legitimar a ressignificação das palavras para que atenda a agenda progressista. Já figuram como imortais, os ex-presidentes José Sarney e Fernando Henrique Cardoso, bem como, escritores declaradamente progressistas como Merval Pereira e Paulo Coelho, o que, com o ingresso da atriz Fernanda Montenegro e do cantor Gilberto Gil, demonstra flagrante inclinação para que a instituição adote, cada vez mais, uma postura agressiva no intuito de avançar com as pautas revolucionárias caindo em descrédito ou legitimando o absurdo.

Para quem acha que isso é impossível, basta uma simples leitura,

Podem se candidatar à Academia brasileiros natos, com obras publicadas de reconhecido valor cultural. A ABL possui uma importância significativa na sociedade, sendo que ela cria vocabulários e dicionários da Língua Portuguesa; estuda e avalia mudanças gramaticais ou ortográficas; publica obras inéditas ou antologias de escritores nacionais; além de distribuir prêmios literários”.

Como a agenda revolucionária não se aproxima da realidade, não importa-se quanto sangue será derramado em nome de seu experimento social, que fracassará sim, mas à que custo. Por tal razão é necessário resistir as ações dos autoproclamados progressistas ainda que significa colocar em a Academia Brasileira de Letras em uma moldura em respeito à sua história, relegando-a dos valores que outrora tinham.

Os progressistas do mais alto posto consideram-se senhores de tudo julgando-se deuses, por isso, estão fadados à queda, como aquele que tentou erguer seu trono acima das estrelas e se igualar a Deus, contudo, os revolucionários se importam em arrastar tantas almas quanto puderem para o abismo, alimentados pela ganância e a inveja, sempre estarão ávidos a fazer e espalhar seu mal pelo mundo.

Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania N.º 10

Sobre o autor

Leandro Costa

Ideias conservadoras estão mudando o Brasil Todas as faces da esquerda, do socialismo mais radical à social democracia levaram nosso país para as trevas, destruíram a moral dos cidadãos e acabaram com os valores. Os conservadores estão tentando, desesperadamente, tirar o Brasil deste caos. Precisamos unir nossas forças enquanto é tempo de salvar nossa nação. Meu nome é Leandro Costa criei este site para divulgar ideias, trabalhos e contar com você para me ajudar a mudar o Rio de Janeiro e talvez o Brasil. Pretendo usar meus conhecimentos para, de fato, ajudar na construção de um mundo melhor. Convido você a fazer parte do meu time de apoiadores, amigos, entusiastas e todos que acreditam em minhas ideias. Defendo o conservadorismo e conto com sua ajuda para tirar o nosso povo da lama que a esquerda nos colocou.

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BIOGRAFIA

Leandro Costa

Servidor público, advogado impedido, professor de Direito, Diretor Acadêmico do projeto Direito nas Escolas e editor-chefe da Revista Conhecimento & Cidadania.

Defensor de uma sociedade rica em valores, acredito que o Brasil despertou e luta para sair da lama vermelha que tentou nos engolir. Sob às bênçãos de Deus defenderemos nossa pátria, família e liberdade, tendo como arma a verdade.

É preciso fazer a nossa parte como cidadãos, lutar incessantemente por nosso povo e deixar um legado para as futuras gerações. A política deve ser um meio do cidadão conduzir a nação, jamais uma forma de submissão a tiranos.

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