A fantasia em lugar da fé

A fantasia em lugar da fé

Como seres humanos temos compondo nossa constituição, várias faculdades, sendo elas físicas, energéticas, mentais e psicológicas. Um exemplo de faculdade física é a força muscular, um exemplo de faculdade energética é um movimento, já um exemplo de faculdade mental é a inteligência; no campo da psique podemos apresentar como faculdades a imaginação a fantasia e a fé, Como é próprio do campo natural tudo é dual, ou seja, tudo pode ser usado para o lado positivo ou negativo, bom ou mau, no caso das faculdades psicológicas uma delas, a fé, sempre foi utilizada para manipulação dos seres humanos, vejamos que em muitas seitas que outrora eram chamadas de religiões vemos essa faculdade a que chamamos fé, sendo utilizada enormemente em função da manipulação de seus membros.

No campo sociopolítico temos visto o uso da fantasia como elemento fundamental para estabelecimento de certas ideias, vejamos que existe uma grande diferença entre imaginação fé e fantasia, basicamente imaginação é um elemento sutil que nos permite materializar o que foi fixado na mente, por exemplo, posso imaginar um modelo de mesa e depois construí-la, no caso da fé posso fixar em minha mente a ideia de Deus pois ambos existem no campo da intuição e da mente, no caso da fantasia o elemento e que se dirige o foco, foge à lógica, por exemplo podemos pensar num unicórnio, mas sabemos que este animal não existe. Podemos também imaginar o mundo onde tudo é perfeito ou feito de chocolate como pensam as crianças, vejam que é um elemento que é muito trabalhado no campo psicológico infantil, é claro que a fantasia não tem apenas um lado negativo, no campo positivo a fantasia

serve para aliviar as pressões psicológicas como por exemplo a de um parente que falecendo podemos imaginá-lo nos braços de Deus sendo acariciado sendo cuidado, sorrindo e feliz, isso nos alivia do sofrimento do luto. Portanto a fantasia tem seu lugar assim como a imaginação, vejamos que em certas ideologias a que muitas vezes até chamamos equivocadamente de religiões ou ideais políticos, somos confrontados com ideias que no campo prático jamais existiram e em todas as suas tentativas o resultado foi fracasso, sofrimento e destruição, mas a pergunta que fica é: por que apesar de resultados tão desastrosos e também a inexistência de uma vivência prática, um grande número de pessoas ainda se dedica a trabalhar em prol de certas ideias que fogem da realidade?

Vamos lembrar como funciona a mente de uma criança, se lançamos a fantasia do bicho papão na mente de uma criança ela acredita inteiramente no que foi dito.

Podemos levar nossas lembranças para o nosso período infantil e lembraremos de quantas coisas acreditávamos e que não faria o menor sentido hoje, no entanto a fantasia tem esse poder, talvez esteja aí a resposta do porquê tantas pessoas ainda acreditam em ideias que supostamente existiriam se de alguma maneira fossem executadas no campo prático, porém a verdade é que certas ideologias só dão certo na mente de pessoas que tem a maturidade de uma criança, pois acreditam no mundo perfeito, acreditam no mundo de sonhos, assim alguns grupos se utilizam de uma imaturidade muitas vezes provocada para sustentarem seus projetos de poder; veja que para qualquer pessoa com o mínimo de maturidade percebe que não faz sentido continuar insistindo na mesma ação esperando um resultado diferente, lembramos que esta é uma das definições de loucura, então uma pessoa com um nível de maturidade psicológica bem infantil pode inteiramente acreditar em algo que jamais foi posto em prática e jamais será, mas ela pode vivenciar isso dentro dela de uma maneira quase real.

Existem grupos de indivíduos com conhecimento profundo da área psicológica do ser humano e se utilizam desses conhecimentos para manipulação e isso em várias áreas, seja na área política, na área social, seja na área religiosa, seja na área profissional, seja na área empresarial, seja na área familiar em quaisquer que sejam as relações essas manipulações poderão ser perfeitamente aplicadas se for identificado um nível de maturidade infantil suficiente para que a fantasia possa fazer efeito, pois um adulto consegue identificar facilmente a diferença de uma fantasia para uma imaginação enquanto para uma criança tudo é realidade, ainda que para um adulto, seja só fantasia.

A grande questão dentro disso tudo é que a vida com sua realidade se impõe, e então as pessoas, como uma criança que não quer largar o seu brinquedo, briga, chora, faz todo tipo de pirraça para que este brinquedo não saia de suas mãos, pois a fantasia impõe que este brinquedo traz para ela uma realidade.

Já depois de adulto ela mesmo por si só se desinteressa do brinquedo deixando de lado e indo em direção a ações mais maduras.

Em um breve processo de observação, notamos que nossa nação passa por um momento em que fica exposto o quadro de uma enormidade de pessoas que embora tenham a idade de adulto tem uma estrutura psicológica completamente infantil, pois continuam acreditando em fantasias e mesmo que a realidade se imponha, elas continuam como uma criança mimada tentando se manter no seu mundo de fantasia, por outro lado temos em nossa nação um grupo de adultos que se esforça com as suas virtudes que os tornam incansáveis diante de seus objetivos. Mas, nossa nação está preparada para uma vida adulta?

Se sim saberemos dentro do próximo cenário que se apresentará, se não, as pessoas continuarão fantasiando e acreditando em promessas que jamais se cumprirão, mesmo porque fogem da lógica econômica, política, social, enfim da realidade.

Talvez tenha sido este o objetivo de fazer com que a nossa educação fosse tão deturpada e até mesmo destruída, mas como a maturidade é um elemento natural, ela chegará para aqueles que hoje vivem em seus mundos de fantasias e assim poderão se unir aqueles que já amadureceram para construir uma nação nova e melhor.

Que Deus abençoe nossa jornada!

Sobre o autor

Edson Araujo

Palestrante, estudante de filosofia e teologia, colunista na Revista Conhecimento & Cidadania.

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BIOGRAFIA

Leandro Costa

Servidor público, advogado impedido, professor de Direito, Diretor Acadêmico do projeto Direito nas Escolas e editor-chefe da Revista Conhecimento & Cidadania.

Defensor de uma sociedade rica em valores, acredito que o Brasil despertou e luta para sair da lama vermelha que tentou nos engolir. Sob às bênçãos de Deus defenderemos nossa pátria, família e liberdade, tendo como arma a verdade.

É preciso fazer a nossa parte como cidadãos, lutar incessantemente por nosso povo e deixar um legado para as futuras gerações. A política deve ser um meio do cidadão conduzir a nação, jamais uma forma de submissão a tiranos.

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