Guerra de Narrativas

Guerra de Narrativas

O sepulcro da DCN (Direita Conservadora Nacional)

Quando Joseph Goebbels afirmou que “Uma mentira contada (ou dita ou repetida) mil vezes torna-se (uma) verdade”, ele estava aplicando todos os princípios básicos daquilo que viemos a conhecer como “guerra de narrativas”. Quem inaugurou a “guerra de narrativas” (vamos chamar agora de GN) foi Satanás, no Éden, ao distorcer uma orientação divina. Depois veio Ninrode, CRIANDO um factoide para sustentar uma mentira (Deus vai mandar outro dilúvio e eu posso protegê-los) e assim por diante.

A GN se sustenta em um tripé: mentira, distorção e factoides. Esses três às vezes agem juntos ou separados, mas é inevitável que você os encontre em todos os discursos globalistas e suas variações (progressismo, nazismo, fascismo, comunismo, fundamentalismo religioso, etc.). O que chamamos hoje de “desinformação” nada mais é do que uma variação sofisticada da distorção da verdade tornada em factoide.

Ou seja, Goebbels não inaugurou nada, ele só aperfeiçoou. Anos antes, Napoleão Bonaparte, o ousado outsider que tentou peitar o sistema de forma atabalhoada e acabou traído pela própria vaidade (e algumas mulheres, também), dizia que tinha mais medo de “Três jornais do que de cem baionetas”. Admirador de Alexandre, o Grande, o Francês sabia que desde o tabloide Acta Diurna, o “The Sun” romano criado por Júlio Cesar em 69 a.C., o sistema havia descoberto que a GN é a chave para parte do sucesso em obter poder e, consequentemente, a derrota de seus inimigos, e que a imprensa é essa ferramenta. Quando Hitler afirma, em “Mein Kampf”, que “A propaganda não pode servir à verdade especialmente quando possa salientar algo favorável ao oponente” e que “Quanto maior a mentira, maior a chance dela ser acreditada”, ele incorpora o espírito satânico da GN que permeia todas as relações de poder desde que os homens passaram a lutar por ele.

Esse é o problema da direita conservadora brasileira (DCB). Ela não sabe como lidar com isso. Engatinha tropeçando em limites morais que normalmente não são bem-vindos em períodos de exceção que os homens conhecem como “guerras”. Se o seu inimigo usa armas de fogo, você talvez possa contê-lo com flechas por um certo tempo, mas logo será derrotado, mais cedo ou mais tarde. A DCB parece aqueles guerreiros de “O Último Samurai” se atirando com espadas contra as metralhadoras do exército japonês. Alguém dirá: “Mas o exemplo deles evitou o plano do representante britânico!”. Sim, por um tempo. Depois tudo aconteceu exatamente como o sistema queria.

Em algum momento todos os líderes de direita celebrados pela história lançaram mão da GN para equiparar o esforço contra seus adversários, você goste deles ou não (outro problema da DCB: usar um microscópio para analisar Thatcher, Reagan, Churchill, Lincoln e congêneres, e fechar os olhos para o Foro de São Paulo, bem aqui debaixo de seus narizes), em algum momento eles meteram uma bela fake news, plantaram algum tipo de desinformação ou distorceram algum dado. Não fosse isso, pode acreditar, a Europa estaria falando Alemão hoje em dia.

Os inimigos da liberdade nunca, em tempo algum, em hipótese alguma, lutaram dentro de qualquer tipo de linhas. O que é óbvio, porque isso não faz parte da natureza deles. Quando Maquiavel disse que os “Fins justificam os meios”, e foi mal interpretado, ele estava se dirigindo a um monarca e explicando a eles os meios possíveis para a manutenção do poder. E quando se luta contra uma GN somente outra GN, igualmente virulenta, consegue equilibrar as forças. E aí entra aquele velho braço auxiliar do mecanismo, suspendendo e censurando todo mundo que faz uma bela GN, porque o sistema sabe onde o calo dói.

A DCB vai penar, e muito. Porque ela está cheia de gente com “nojinho” de uma bela e clássica guerra de narrativas. Eu chamo de “complexo das quatro linhas”. Imagino Hitler ou Stalin no túmulo olhando isso do alto de seus bigodes estilizados e dando longas gargalhadas. A DCB quer fazer gato latir e cachorro miar. Quer ensinar cobra a voar. Ela realmente acha que 60 milhões de acéfalos (estou sendo otimista) estão mais interessados em saber da variação da NASDAQ do que em ver sair em algum lugar que o Presidente gastou milhares de reais em quentinhas. A DCB, do alto de sua fleuma, pensa que é mais crível para 60 milhões de acéfalos, NESTE MOMENTO, um relatório complexo e detalhado sobre a realidade das commodities, do que saber se as joias que o casal presidencial ganhou de presente estavam legalizadas ou não, ou se o estilista da atual Primeira-Dama na verdade é um opositor infiltrado.

É de fato, desestimulante.

Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania Vol. II N.º 30

Sobre o autor

Neto Curvina

Ministro do Evangelho, teólogo, escritor e educador

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BIOGRAFIA

Leandro Costa

Servidor público, advogado impedido, professor de Direito, Diretor Acadêmico do projeto Direito nas Escolas e editor-chefe da Revista Conhecimento & Cidadania.

Defensor de uma sociedade rica em valores, acredito que o Brasil despertou e luta para sair da lama vermelha que tentou nos engolir. Sob às bênçãos de Deus defenderemos nossa pátria, família e liberdade, tendo como arma a verdade.

É preciso fazer a nossa parte como cidadãos, lutar incessantemente por nosso povo e deixar um legado para as futuras gerações. A política deve ser um meio do cidadão conduzir a nação, jamais uma forma de submissão a tiranos.

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