Sobre a democracia

Sobre a democracia

Se tem algo que muitas pessoas já constataram é que a democracia está extremamente fragilizada, e o que é pior, fragilizadas estão também as instituições e as pessoas que deveriam protegê-la.

Mas, porquê a democracia é tão ovacionada pelo povo se é realmente tão frágil?

Lembremos que em todas as grandes civilizações – e aí eu me refiro aos tempos áureos – todas elas não tinham como formas de governo a democracia, como podemos conferir em nossa história humana.

Sobre isso podemos aprender um pouco mais com Platão, em sua obra: A República.

Sobre estas civilizações que duraram milênios e em perfeita harmonia com a leis do universo, e aí está o segredo!

Em todo seu auge apoiaram-se naquilo que era inexorável, e não no que era imprescindível, embora o imprescindível seja importante como meio enquanto o inexorável é o fim.

O imprescindível seria, por exemplo, algo que seja fundamental, mas que se pode optar por não fazer mesmo que com prejuízo da própria vida como o ato de alimentar-se ou hidratar-se; Pode-se optar por não fazer, mas certamente morrerá.

Já o Inexorável, é aquilo que não está sobre nosso controle, competência, alçada, em fim, está fora do campo da ação humana, como por exemplo o nascer do sol, a chegada das estações, o nascer, o morrer, entre outros poderes.

Mas, se o ideal é nos apoiarmos enquanto sociedade ao menos em algum nível naquilo que é Inexorável, como posso então me aproximar desta forma de governo tão ideal e que nos torne soberanos?

O segredo é observarmos o que deu certo em cada nível de vida e em seu lugar próprio como ser que é. E de que maneira?

Trazendo para nós o seu reino. Isso não não lembra o Conservadorismo?

Isso nos lembra alguma frase importante?

Veja que por exemplo o reino animal é muitas vezes usado como exemplo para o reino humano e isso não é porque o reino animal seja melhor, do que o reino humano, e sim por que o mesmo não está cumprindo seu dever próprio.

Devo lembrar que isto é fruto da ignorância e isso nos lembra outra frase importante: Meu povo erra por ignorância.

Vou citar alguns exemplos para esclarecer como uma sociedade que pretende cumprir seu papel e ser plena, não deveria se fixar em uma forma de governo que existe como meio e não como fim, veja: uma família é regida de forma democrática?

Certamente que não, lá manda quem sabe mais. (ao menos é o ideal)

No reino animal, o líder é escolhido pela maioria?

Certamente que não, certamente o mais preparado assume o grupo.

Na flora a democracia está presente?

Não, lá uma força da natureza rege tudo a partir de uma inteligência superior.

Assim como no universo, ninguém questiona a autoridade do sol, quem pode impedi-lo de nascer?

Lembremos que aquele que deve ser governado, jamais deveria estar em posição de governo.

Sobre este olhar reflexivo, quero lançar uma semente para que possamos ampliar nosso leque de opções como alvo e fortalecer nossa esperança, sabendo que estamos buscando vitórias sobre batalhas e muito longe de vencer a verdadeira guerra que é sobre a ignorância.

Talvez alguém pergunte:

Podemos aplicar esta forma de governo em nossa sociedade?

Certamente que não, não hoje, mas podemos em algum nível aplicá-la em nós como uma disciplina em direção ao nosso alvo atual que é a LIBERDADE!

Podemos hoje mesmo ver em nosso momento histórico, homens que praticamente sozinhos, liderando tantos outros lutam contra o que parece impossível vencer, visto o tamanho do aparelhamento, mas como algo que lembra uma lei universal, age de maneira quase inabalável, acompanhado por seus periféricos.

Podemos sim internalizar esta força que Platão chamava de Aristocracia e não nos movermos de nossas posições nesta batalha que urge não apenas lutar, mas vencer, e assim será feito, dentro das quatro linhas da ética, moral, patriotismo e do amor a Deus.

Que Deus Abençoe nossa jornada!

Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania Vol. I N.º 18

Sobre o autor

Edson Araujo

Palestrante, estudante de filosofia e teologia, colunista na Revista Conhecimento & Cidadania.

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BIOGRAFIA

Leandro Costa

Servidor público, advogado impedido, professor de Direito, Diretor Acadêmico do projeto Direito nas Escolas e editor-chefe da Revista Conhecimento & Cidadania.

Defensor de uma sociedade rica em valores, acredito que o Brasil despertou e luta para sair da lama vermelha que tentou nos engolir. Sob às bênçãos de Deus defenderemos nossa pátria, família e liberdade, tendo como arma a verdade.

É preciso fazer a nossa parte como cidadãos, lutar incessantemente por nosso povo e deixar um legado para as futuras gerações. A política deve ser um meio do cidadão conduzir a nação, jamais uma forma de submissão a tiranos.

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