Poder e corrupção

Poder e corrupção

Uma visão filosófica sobre poder e corrupção

Circula faz muito tempo a seguinte frase: “o poder corrompe”.

Faria sentido esta frase, uma vez que o poder é a ferramenta que nos dá liberdade, ou seja, só é livre quem pode e sendo assim um escravo não é livre porque não pode ter a liberdade. Baseado nessa visão o poder é o que vence a corrupção e não o que a promove, vejamos, se entendermos os conceitos na sua essência poderemos resolver muitos conflitos que o nosso baixo nível de educação e nossa cultura materialista promovem na sociedade.

Presenciamos em nossos dias uma corrida louca e inconsequente pelo tão efêmero poder que leva consigo a dignidade e honra do portador.

Lembro que, “poder” é o fato de poder fazer ou ter algo, seja uma tomada de decisão um compromisso, missão e até de tornar-se uma pessoa melhor, mais instruída, virtuosa um colaborador da sociedade.

Com tudo, o que seria uma sociedade dotada de poder, do poder que lhe cabe?

Pensemos….

Se uma pessoa está em a determinada posição onde a tentação de corromper-se é iminente, o que faria com que esta pessoa se mantivesse íntegra? Poder!!!

Veja que nesse caso dizer que o poder corrompe é uma narrativa que se desmonta por si só, já que o que evita a corrupção é justamente o poder humano de não ceder.

Lembro sempre que aqui tratamos dos conceitos filosóficos, ou seja , humanos, porém do ser humano na sua íntegra, no seu ápice.

Tendo claro o que é o conceito de poder aqui proposto, vamos ao centro da reflexão: “todo poder emana do povo”

Está escrito em nossa constituição, porém o povo realmente tem poder pra emanar?

Senão, ficamos apenas na teoria e dela não sairá nada se não houver condições de prática.

Queremos um país poderoso, mas nos esquecemos que um país forte se faz com uma nação forte; uma nação forte se faz com um povo que conhece sua história pessoal e coletiva, com um povo que sabe de onde veio e para onde quer ir, e principalmente, um povo que não abre mão de portar as virtudes que quer ver representadas nas autoridades que elegeu, pois se não as temos, nada temos, pois não teríamos moral para exigir dos outros o que nem mesmo nós temos.

Por tanto o centro desta reflexão mostra que nós temos nos representando aqueles com os quais nos identificamos. Talvez você leitor que reflete comigo agora nesta leitura não concorde, mas te convido a observar a realidade e experimentar trazer para si num ato de auto responsabilidade, estabelecer nos espaços que temos alcance real, como dentro de nós mesmos as tão imprescindíveis virtudes que de fato empodera o indivíduo e por ressonância a família, amigos, sociedade, povo, nação e por fim o mundo.

Existe uma pergunta recorrente: como eu posso adquirir este poder?

Sendo a pessoa de honra, fidelidade, honestidade, lealdade, fibra, temperança, constância ou qualquer outra virtude humana que sabemos que com as tais podemos mudar nosso país.

Assim teremos moral prática para que com a sabedoria e inteligência, características de um povo forte, possamos exigir dos outros o que temos em nós.

Tenhamos dentro de nós o estado que tanto sonhamos fora e seremos nós as autoridades que tanto sonhamos ter, com isso, o país melhora a partir de nós mesmos, pois é impossível que onde haja virtude, não haja também bênção e prosperidade.

Nosso poder está na moral natural, caso não a tenhamos corrompemos nossa condição.

Que deus abençoe nossa jornada!!

Leia também: SOBRE A PUBERDADE DA NAÇÃO

Artigo publicado na Revista Conhecimento & Cidadania Vol. II N.º 27

Sobre o autor

Edson Araujo

Palestrante, estudante de filosofia e teologia, colunista na Revista Conhecimento & Cidadania.

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BIOGRAFIA

Leandro Costa

Servidor público, advogado impedido, professor de Direito, Diretor Acadêmico do projeto Direito nas Escolas e editor-chefe da Revista Conhecimento & Cidadania.

Defensor de uma sociedade rica em valores, acredito que o Brasil despertou e luta para sair da lama vermelha que tentou nos engolir. Sob às bênçãos de Deus defenderemos nossa pátria, família e liberdade, tendo como arma a verdade.

É preciso fazer a nossa parte como cidadãos, lutar incessantemente por nosso povo e deixar um legado para as futuras gerações. A política deve ser um meio do cidadão conduzir a nação, jamais uma forma de submissão a tiranos.

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